Nesta quarta-feira (29), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que houve um crescimento de 5% nos óbitos da Covid-19 na 30ª semana epidemiológica do Brasil. Hoje, o País alcançou a marca de 90 mil óbitos .
Segundo dados apresentados pela pasta, foram 7.677 mortes registradas pelos estados entre os dias 19 e 25 de julho. A média móvel nesta semana foi de 1.029 mortes por dia. Medeiros explica que apesar de os números parecerem grandes, a variação é “relativamente pequena quando comparada com outras semanas epidemiológicas”.
Ele afirma que o número de óbitos atualmente é grande, mas que o Brasil é um “país continental” e que “se mantém relativamente constante”. Medeiros define o aumento de 5% como “discreto”.
A pasta afirma ainda que, nesta semana, oito estados apresentaram redução na porcentagem de variação de óbitos:
- Acre (-32%)
- Amazonas (-24%)
- Maranhão (-11%)
- Piauí (-14%)
- Rio Grande do Norte (-48%)
- Paraíba (-13%)
- Alagoas (-10%)
- Espírito Santo (-15%)
Além deles, outros sete estados apresentaram estabilização na variação:
- Pará (3%)
- Mato Grosso (-5%)
- São Paulo (-4%)
- Bahia (-3%)
- Pernambuco (0%)
- Ceará (-5%)
Doze países apresentaram incremento de óbitos. Grande parte deles estão localizados nas regiões Sul e Centro-Oeste.
“É como se tivéssemos pandemias, a doença Covid-19, em diversas regiões do país se comportando de forma diferente, o que tem muito a ver com o tamanho do nosso país e com a variação sazonal pela qual estamos passando”, afirmou Medeiros, referindo-se ao inverno, o que pode aumentar a incidência de casos da doença causada pelo novo coronavírus .
Questionado quanto ao aumento de óbitos, Medeiros afirmou que a variação da porcentagem é tanto para mais quanto para menos, e que é preciso avaliar a situação do vírus a cada semana epidemiológica. “Estamos aprendendo essa doença a cada semana”, ressaltou.
O Diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Eduardo Macario, também estava presente e afirmou que há uma tendência de “estabilidade no número de óbitos”, mas que “ainda é muito alta”.
Macario disse ainda que, atualmente, o maior obstáculo é conseguir reduzir cada vez mais os números de mortes da Covid-19 no País.