Movimentação no Cemitério Vila Formosa o maior Cemitério da América Latina localizado na zona leste da cidade de São Paulo
Roberto Costa/Código 19/Agência O Globo
Em meio ao aumento de mortes por Covid-19, Nordeste registra queda


Nesta quarta-feira (29), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, afirmou que houve um crescimento de 5% nos óbitos da Covid-19 na 30ª semana epidemiológica do Brasil. Hoje, o País alcançou a marca de 90 mil óbitos .



Segundo dados apresentados pela pasta, foram 7.677 mortes registradas pelos estados entre os dias 19 e 25 de julho. A média móvel nesta semana foi de 1.029 mortes por dia. Medeiros explica que apesar de os números parecerem grandes, a variação é “relativamente pequena quando comparada com outras semanas epidemiológicas”.

Ele afirma que o número de óbitos atualmente é grande, mas que o Brasil é um “país continental” e que “se mantém relativamente constante”. Medeiros define o aumento de 5% como “discreto”.

A pasta afirma ainda que, nesta semana, oito estados apresentaram redução na porcentagem de variação de óbitos:

  • Acre (-32%)
  • Amazonas (-24%)
  • Maranhão (-11%)
  • Piauí (-14%)
  • Rio Grande do Norte (-48%)
  • Paraíba (-13%)
  • Alagoas (-10%)
  • Espírito Santo (-15%)

Além deles, outros sete estados apresentaram estabilização na variação:

  • Pará (3%)
  • Mato Grosso (-5%)
  • São Paulo (-4%)
  • Bahia (-3%)
  • Pernambuco (0%)
  • Ceará (-5%)

Doze países apresentaram incremento de óbitos. Grande parte deles estão localizados nas regiões Sul e Centro-Oeste.

“É como se tivéssemos pandemias, a doença Covid-19, em diversas regiões do país se comportando de forma diferente, o que tem muito a ver com o tamanho do nosso país e com a variação sazonal pela qual estamos passando”, afirmou Medeiros, referindo-se ao inverno, o que pode aumentar a incidência de casos da doença causada pelo novo coronavírus .

Questionado quanto ao aumento de óbitos, Medeiros afirmou que a variação da porcentagem é tanto para mais quanto para menos, e que é preciso avaliar a situação do vírus a cada semana epidemiológica. “Estamos aprendendo essa doença a cada semana”, ressaltou.

O Diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis, Eduardo Macario, também estava presente e afirmou que há uma tendência de “estabilidade no número de óbitos”, mas que “ainda é muito alta”.

Macario disse ainda que, atualmente, o maior obstáculo é conseguir reduzir cada vez mais os números de mortes da Covid-19 no País.

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