Coronavírus 3D
Luana Nunes Santos/Unicamp
Tecnologia usa sonda que torna possível visualizar as substâncias virais por meio de luz fluorescente


Com tecnologia mais barata, pesquisadores brasileiros conseguiram encontrar maneira de visualizar o novo coronavírus , causador da Covid-19 , dentro de células. Com tecnologia que tridimensiona o vírus, é possível demarcar o comportamento do vírus na infecção.


Os cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) puderam ver o material genético do novo coronavírus através da tecnologia FISH (fluorescent in situ hybridization), que torna os componentes celulares híbridos por tecnologia de fluorescência.

A tecnologia FISH é usada para identificar o aumento de carga viral em células infectadas. É o que explica o líder da pesquisa que “descobriu” esta maneira de visualizar a novo coronavírus em ação, o professor Henrique Marques-Souza.

A FISH usa uma sonda que torna possível visualizar as substâncias virais por meio de luz fluorescente.

Ele explica ainda que, contudo, que a FISH não é capaz de identificar se o vírus está dentro da célula ou em o local em que está. “Conseguir visualizar o vírus dentro da célula é algo muito valioso para a compreensão da infecção", afirmou o professor ao Portal G1.

Desta maneira, os pesquisadores esperam conseguir avançar os entendimentos acerca do vírus. O protocolo está à cargo da cientista Luana Nunes Santos, pós-doutoranda da universidade.

O professor Marques-Souza explica que a tecnologia utilizada é mais barata que outras capazes de identificar o vírus, como a microscopia eletrônica de transmissão (MET) ou imunocitoquímica (ICQ).

Ele explica que é preciso ter microscópios especiais na MET, e que resultados são revelados entre 7 a 10 dias. A ICQ é considerada por ele como uma tecnologia “relativamente simples”, que funciona com o uso de anticorpos ligados ao vírus.

"No entanto, os insumos são caros e demoram muito para chegar por conta da alta demanda mundial provocada pela pandemia”, justifica o professor.

Com a FISH, foi possível identificar que a duplicação do vírus acontece próximo ao núcleo celular. Por isso, foi possível constatar que o novo coronavírus se instala em um local específico.

Desta maneira, será possível fazer comparações com o comportamento de infecção do vírus com a de outros, como a Influenza.

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