Governador do estado de São Paulo, João Doria voltou a falar sobre o aporte financeiro de R$ 1,9 bilhão para o Instituto Butantan
que solicitou junto ao Ministério da Saúde para a produção da CoronaVac, uma das candidatas a vacina contra a Covid-19 que estão sendo desenvolvidas no país. Segundo ele, a pasta tem os recursos necessários para isto e não pode tratar a questão de forma política.
A análise ocorre devido ao fato de o governo federal ter disponibilizado a mesma quantia, quase 2 bilhões de reais, para auxiliar a produção da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que no Brasil está sendo produzida pela Fiocruz , no estado do Rio de Janeiro e já foi elogiada pelo presidente Jair Bolsonaro .
"Nosso pleito não foi para dividir o recurso destinado à Fiocruz. Respeitamos e entendemos como acertada a decisão do investimento em Manguinhos, para que ela possa produzir a vacina de Oxford e multiplicar a sua capacidade de produção. O que solicitamos foi um mesmo recurso para o Instituto Butantan , para que cumpra a mesma finalidade com a Coronavac , para multiplicar sua capacidade de produção e a disponilidade disso para o SUS", afirmou Doria.
Segundo o governador , é "fundamental" que o país tenha mais de uma opção de vacina para atender 210 milhões de habitantes: "em São Paulo, não politizamos a vacina , nem a Covid-19 . Não há nenhuma razão para, tendo os recursos - e o Ministério da Saúde possui esses recursos -, não oferecer o mesmo valor para o Instituto Butantan".
Por fim, Doria revelou que Dimas Covas, diretor do instituto localizado na cidade de São Paulo, está em Brasília para conversar com o general Pazuello , ministro interino da Saúde , e tratar sobre a possibilidade de disponibilização deste aporte.
"Os ofícios foram encaminhados na quarta-feira passada e protocolados junto ao ministério. Desejo sinceramente que o ministro Pazuello e sua equipe atendam essa demanda de forma correta, diligente e republicana".