Depois de pedido realizado pelo Instituto Butantan , o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), protocolou ofício endereçado ao Ministério da Saúde pedindo verba para a produção da CoronaVac , vacina realizada pelo instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Doria enviou o ofício para o general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. O Governo Federal, em especial o presidente Jair Bolsonaro
(sem partido), já menosprezou a vacina financiada pelo Estado de São Paulo
por conta do envolvimento de uma empresa da China.
O governador e o Instituto Butantan pediram R$ 1 bilhão, o mesmo valor que foi investido na vacina de Oxford, desenvolvida com a AstraZeneca. A empresa fechou acordo com o governo brasileiro e será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
"Como entendemos que, como não há disputa, não há razão de apoiar uma vacina e não apoiar a outra. Fizemos um ofício, protocolado ontem no Ministério da Saúde, solicitando o mesmo valor. Não queremos tirar recursos da vacina de Oxford", afirmou Doria .
Ele também fez cobranças à Câmara para que garantam que recursos também sejam aplicados no Instituto Butantan.
No início deste mês, a MP 994 foi assinada por Bolsonaro para liberar quase R$ 2 bilhões em crédito extraordinário para que seja possível a realização da produção da vacina de Oxford pela Fiocruz.
O governador afirmou à TV Band que 5 milhões de doses da CoronaVac serão produzidas entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021.