O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, nesta segunda-feira (11), que os estados receberão as vacinas "três ou quatro dias" após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para início da imunização contra a Covid-19. A declaração foi feita em Manaus.
"Se a análise for concluída na Anvisa, eu começo a vacinar até o dia 20 de janeiro, e aí vão entrando as produções e todas as importações a caminho. Todos os estados receberão simultaneamente as vacinas, no mesmo dia. A vacina vai começar no dia D, na hora H, no Brasil. No primeiro dia que a autorização for feita, a partir do terceiro ou quarto dia (a vacina) já estará nos estados e municípios para iniciar a vacinação do Brasil", disse o ministro.
Segundo o ministro, a previsão é iniciar a campanha com 6 milhões de doses de vacinas do Instituto Butantan, a Coronavac, e mais 2 milhões de doses da Fiocruz, que devem ser importadas da Índia.
No último sábado (9), o Ministério da Saúde já havia informado que todas as doses de vacina contra covid-19 serão distribuídas, exclusivamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), para todos os estados de maneira simultânea.
Ele também voltou a afirmar que a vacinação não será obrigatória, como defende o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Eu falo em três períodos de vacinação: um curto, um médio e um mais dilatado. O curto é agora, até o dia 20 de janeiro. O médio, de 20 de janeiro a 10 de fevereiro. E o mais dilatado, de 10 de fevereiro ao começo de março", detalhou Pazuello.
O ministro da Saúde ainda afirmou que o foco da vacinação contra Covid-19 no Brasil poderá ser a redução da pandemia em vez de, no primeiro momento, assegurar a 'imunidade completa'.
Para ele, o objetivo é frear a contaminação com a aplicação de pelo menos uma dose do imunizante da Astrazeneca em parceria com a universidade de Oxford.
"Essas doses, que com duas doses você vai a 90 e tantos por cento [de imunização], com uma dose vai a 71%. Com 71% talvez a gente entre para imunização em massa, é uma estratégia que a Secretaria de Vigilância em Saúde vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas sim a redução da contaminação e aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose na sequência, chegando a 90%", afirmou.
Ele não informou o intervalo pretendido entre a aplicação da primeira e da segunda dose.