O governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
voltou a pedir "senso de urgência e agilidade" na autorização para uso emergencial da vacina CoronaVac,
produzida pelo Instituto Butantan
contra a Covid-19.
A vacina, cuja eficácia foi apresentada em 78%, aguarda a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
no Brasil.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (11), o governador afirmou que possui "respeito pela ciência, pelos estudos, pela Anvisa.
Porém o respeito é especialmente pela vida", reforçou. No sábado (9), a agência reguladora pediu novos documentos para registro da Anvisa, alegando que o pedido ainda estava incompleto.
"Burocratizar para servir a qual interesse?", questionou Doria sobre o assunto. Além disso, o governador de São Paulo
aproveitou o assunto para criticar a falta de um programa nacional de imunização contra a doença. Em outro momento, o governador criticou a "politização da vacina", afirmando que a "corrida pela vacina não é para salvar mandatos, e sim vidas".
"Faço um apelo ao Ministério da Saúde, ao governo federal: olhem as perdas que estamos sofrendo. mais de 60 países já estão vacinando (...) e aqui somos o segundo país em número de mortes, o terceiro em casos e não começamos ainda. Não é razoável, não é aceitável, não é justificado", reforçou.
Doria voltou a reforçar o objetivo de iniciar o plano de vacinação contra a Covid-19 no dia 25 de janeiro em São Paulo, independentemente do plano nacional. O cronograma, porém, depende da autorização de uso emergencial
da vacina em tempo hábil.