A Coronavac , vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech , tem uma eficácia geral inferior a 60%, mas ainda acima do mínimo de 50% exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que um imunizante seja aprovado para uso emergencial. A informação é do portal UOL .
De acordo com o governo do estado de São Paulo, as informações completas sobre a eficácia serão divulgadas nesta terça-feira (12). Dados divulgados até agora mostram que a CoronaVac tem 78% de eficácia em casos leves e 100% em casos moderados e graves .
Mesmo com a eficácia abaixo do que o que já foi divulgado até agora, mesmo que a CoronaVac fique entre os percentuais de 50% e 60%, ela ainda é considerada eficaz para atingir a imunidade coletiva e está dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde
(OMS).
A eficácia geral é calculada ao final da fase 3 de testes em seres humanos. Nessa etapa, parte de um grupo toma o imunizante e outra parte toma um placebo. A partir daí, pesquisadores acompanham quantos participantes, ao todo, desenvolveram a doença, seja de forma leve, moderada ou grave.
A eficácia geral é calculada dessa diferença entre os dois grupos. Se, no grupo que tomou o imunizante, mais de 50% dos integrantes não tiverem manifestado a doença, a vacina é considerada eficaz.
O pedido de uso emergencial (para grupos restritos como indígenas, idosos e profissionais da saúde) foi feito à Anvisa na última sexta-feira (9), e a agência tem até dez dias para decidir se permite ou não a vacinação. Neste período serão analisados os estudos do Butantan e a segurança e eficácia da vacina.
Neste final de semana, a Anvisa solicitou informações adicionais que não foram entregues pelo Butantan. A expectativa do governo paulista, que hoje voltou a cobrar celeridade da Anvisa, é de dar início à imunização com a CoronaVac no dia 25 de janeiro.