O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello
, disse nesta quinta-feira (14) que o Brasil vai chegar ao fim de janeiro somente atrás dos Estados Unidos
no número de pessoas vacinadas contra a Covid-19
. O chefe da pasta ainda afirmou que o feito será possível mesmo que o avião que decolou hoje para buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford
na Índia
não chegue a tempo de começar a imunização na próxima quarta-feira (20).
"Se nós somarmos todas as doses que foram aplicadas no mundo todo, não dá a cidade de São Paulo. Nós estamos na cronologia correta e vamos iniciar a vacinação em janeiro. Ao fim do mês nós seremos o país que mais vacinou. Só ficaremos atrás dos Estados Unidos e vamos ultrapassar todo mundo até o final do ano", disse Pazuello durante live ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que o Brasil comece a imunizar a população com 8 milhões de doses, sendo 2 milhões da vacina de Oxford com a AstraZeneca e 6 milhões de doses da CoronaVac , imunizante desenvolvido pela Instituto Butantan em parceria com a Sinovac Biotech.
Nos últimos dias, Pazuello tem sido alvo de críticas por não definir uma data exata para o início da execução do Plano Nacional de Imunização (PNI). Em declarações recentes, ele afirmou que as aplicações das doses começariam "no dia D, na hora H".
Duas vacinas aguardam aval da Anvisa
No momento, a vacina de Oxford e a CoronaVac aguardam liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Considerando o prazo de 10 dias corridos que o órgão tem para dar algum parecer após a submissão dos pedidos feitos pelos laboratórios, a data limite é o próximo domingo (17). A Anvisa já anunciou que vai cumprir esse prazo .
Após a aprovação, a expectativa é que seja marcado um evento no Palácio do Planalto para marcar o início da vacinação, contando inclusive com a presença dos governadores dos 26 estados e do Distrito Federal . Nessa cerimônia, porém, nenhum participante deve ser imunizado.