A falta de matéria-prima para a produção da CoronaVac
preocupa o Instituto Butantan
, que produz as doses no Brasil, de acordo com o diretor-presidente do instituto, Dimas Covas. Há um carregamento pronto para ser despachado, mas aguarda a autorização do governo chinês para exportação. As informações são do portal R7
.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (18), Covas disse que a matéria-prima precisa chegar para não parar o processo de produção. "Esperamos que isso aconteça muito rapidamente, porque se chegar antes do fim deste mês, nós manteremos o cronograma de entrega de vacinas ", afirmou.
De acordo com Covas, o instituto já disponibilizou 5.994.576 doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde , que reservou 50% das doses para a segunda aplicação, a ser dada em 28 dias. A chegada da matéria-prima abriria a possibilidade de usar todas as doses do primeiro lote para aplicação da primeira dose da vacina e contar com o novo lote para a segunda etapa da imunização.
"Nós temos um intervalo de quase um mês para iniciar a segunda dose. Já temos 4 milhões de doses prontas. Dependemos ainda da chegada de matéria-prima para totalizar essas 6 milhões", disse o diretor.
"Nós estamos fazendo esse cálculo para inclusive oferecer como sugestão ao governo que não precisa reservar 50%, em vista do que já existe. Obviamente que isso precisa de autorização emergencial da Anvisa. Mas isso pode ocorrer brevemente e pode-se definir o cenário de utilização dessa parcela inicial de 6 milhões", completou
Além das 4 milhões de doses que já estão prontas, outras 800 mil doses estão em produção, que ficam prontas na quarta-feira (20). Segundo o portal, o novo pedido de uso emergencial feito à Anvisa se refere ao lote de 4,8 milhões e às demais que serão produzidas a partir da chegada da matéria-prima.
O Butantan tem capacidade de produção de um milhão de doses por dia e, na primeira etapa de produção, essa capacidade já foi atingida. "Mas nós dependemos ainda, agora, da matéria-prima para poder continuar esse processo e fazer essas doses o mais rapidamente possível", disse Covas.