Vacinação contra Covid-19 enfrente dificuldades de informação
Rovena Rosa/Agência Brasil
Vacinação contra Covid-19 enfrente dificuldades de informação

Sem uma definição precisa do governo federal, estados e municípios definem intervalos diferentes para aplicar a segunda dose da CoronaVac . A vacinação contra a Covid-19 , que começou da última semana, usa um imunizante que precisa de duas doses, mas o tempo entre uma e outra não está bem definido.

O Ministério da Saúde , responsável pelo plano nacional de imunização, enviou um informe técnico para as secretaria estaduais. No documento, é sugerido que a aplicação da segunda dose da CoronaVac seja feita em um intervalo entre 14 e 28 dias após a aplicação da primeira.

Um levantamento com as secretarias estaduais realizado pelo Uol mostra que há estados que levam em conta o prazo mínimo, outros que usam o prazo máximo, alguns que usam um intervalo entre eles e outros, ainda, que deixaram a escolha a critério dos municípios. Confira:

  • Estados que usam o intervalo de 28 dias: Espírito Santo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Amazonas, Amapá, Rondônia e Acre.
  • Estados que usam o intervalo de 25 dias: Paraná.
  • Estados que usam o intervalo de 21 dias: São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Alagoas e Tocantins.
  • Estados que usam o intervalo de 15 dias: Santa Catarina.
  • Estados que usam o intervalo de 14 ou 15 dias: Minas Gerais.
  • Estados que usam o intervalo de 14 dias: Mato Grosso do Sul.
  • Estados que usam o intervalo de 21 a 28 dias: Pará.
  • Estados que deixaram o intervalo de 14 a 28 dias em aberto para a escolha dos municípios: Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Roraima.

Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) diz que o ministério poderia ter dado uma diretriz mais clara. "É muito ruim deixar aberto. Não que esteja errado [o informe]. Seria muito mais fácil se tivesse uma diretriz única, que facilitaria para todos" diz Juarez Cunha, presidente da SBIm, em entrevista ao Uol.

As diferenças de prazo não são um problema por enquanto, mas podem se tornar no futuro. Para Juarez, quando a vacinação atingir um público maior, a comunicação a respeito dos prazos deverá ser feita de forma mais clara. "Coisas que poderiam ser mais simples, como isso, com um indicativo mais direto [de intervalo], seria um facilitador para todos", afirma.

Em sua apresentação da CoronaVac , o Instituto Butantan sugeriu um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda dose da vacina. Apesar de ter usado o prazo de 14 dias durante as pesquisas, o instituto recomendou o intervalo maior para a aplicação geral.

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