O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, afirmou, em entrevista à CNN nesta quinta-feira (28), que a instituição recomenda que não se atrase a aplicação da segunda dose da Coronavac, prevista para ocorrer em até 4 semanas após o recebimento da primeira. Mas, Cunha destacou que, caso esse período seja extrapolado, a vacina não vai perder seu efeito.
"É preconizado em quatro semanas a aplicação [da segunda dose], mas, se a pessoa fizer com cinco, seis ou sete semanas, não perde a primeira dose", disse o médico.
E completou: "Essa é uma regra geral para qualquer vacina. Nunca se perde a vacina aplicada, pois ela vai levar a uma proteção, mas não sabemos qual o nível de proteção que uma dose só [da Coronavac] vai dar", disse o presidente da SBIm.
Apesar do aviso, ele não recomendou que o período seja extrapolado. "O grande problema é que, diferente das vacinas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca, que temos resultados bem animadores com a primeira dose, nós não temos da Coronavac. Então, é um risco muito grande a gente não aplicar a segunda dose no período recomendado, porque não sabemos como vai ser a eficácia protetora de uma dose só", explicou.