Servidor da Fiocruz prepara vacina de Oxford/AstraZeneca para a primeira aplicação no Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Servidor da Fiocruz prepara vacina de Oxford/AstraZeneca para a primeira aplicação no Brasil

A Fiocruz anunciou nesta segunda-feira (8) o início da produção em massa da vacina de Oxford, desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca. O começo da produção foi possível após a importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o que permitirá a confecção inicial de 3,8 milhões de doses. Os dois lotes do IFA chegaram no dia 27 de janeiro.

O anúncio foi feito durante a visita do governador Wellington Dias (PT), do Piauí, que preside o consórcio de governos do Nordeste, e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao laboratório de BioManguinhos, onde as vacinas contra a Covid-19 estão sendo produzidas.

A conclusão dos testes de fábrica já foram feitos, etapa em que são avaliadas as condições da produção do imunizante. Os chamados testes de consistência verificam, por exemplo, se há alguma contaminação dos frascos na linha de produção, se o volume envasado está calibrado corretamente e se a temperatura de todo o processo está correta. Para isso são feitas três produções independentes.

Se houver qualquer problema é preciso parar a produção para reajustar os equipamentos. Havia o temor de que algum desajuste pudesse atrasar ainda mais a produção, mas não houve contratempo.

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Pelo calendário original, estava prevista a entrega de 15 milhões de doses até o fim deste mês. Um problema técnico em um dos laboratórios, no entanto, acabou atrasando a produção.

As vacinas dessa etapa de produção serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) após o deferimento do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja análise tem seguido de forma paralela à produção.

Ainda em março, mais três remessas de IFA estão previstas para sair da China com destino à Fundação. Outros três lotes têm previsão para embarcar em abril. Em maio, serão mais quatro remessas e, em junho, será enviado o último lote. Até o momento, o cronograma divulgado segue valendo e, ao todo, a produção da Fiocruz alcançará, em julho, a marca de 100,4 milhões de doses. 

Já no segundo semestre, com a transferência de tecnologia concluída, a Fundação poderá produzir as vacinas de forma independente, a partir da produção nacional do IFA, com expectativa de entregar mais 110 milhões no período.

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