Nesta sexta-feira (12), o prefeito de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil (PSD) , anunciou novas medidas para conter o avanço da pandemia de Covid-19 e criticou a atuação do presidente Jair Bolsonaro diante do cenário atual.
"Bolsonaro está numa bolha, como milhares de irresponsáveis", disse Kalil ao informar as novas restrições. De acordo com o prefeito, lojas de construção civil, escolas de dança e arte, praças, parques e locais de caminhadas ficarão fechadas. Carros de lanche estão proibidos.
Os restaurantes só poderão funcionar com o sistema de delivery e de portas fechadas. Já as lojas de conveniência deverão ficar abertas até às 18 horas, de segunda a sexta. As igrejas e templos poderão abrir, mas sem celebrações.
"A fiscalização será implacável com quem ignora a doença. Não podemos deixar comerciantes e bares sérios pagar por irresponsáveis", disse Kalil. "Não temos mais o que fechar, só se fechar supermercado e deixar o povo sem comer", acrescentou.
Por enquanto, não foi anunciado toque de recolher na cidade, mas o prefeito disse que avalia fechar prédios comerciais, já que muitos deles não respeitam as regras impostas pelo Comitê de Combate à Covid.
Internações
Em Belo Horizonte, a ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 bateu recorde e chegou a 89,4%, nesta quinta-feira (11). De acordo com dados da gestão municipal , esse é o maior índice desde agosto do ano passado.
Diante do agravamento da pandemia na cidade, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou as novas medidas restritivas nesta sexta. De acordo com a prefeitura, 2.869 pessoas morreram na cidade por Covid-19 desde o início da pandemia. No total, 120.837 casos da doença foram confirmados, dos quais 5.848 permanecem em acompanhamento.