Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, teve saída anunciada nesta segunda (15)
Tony Winston/MS
Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, teve saída anunciada nesta segunda (15)

O agora ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , que nesta segunda-feira (15), teve sua substituição anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo médico Marcelo Queiroga, viveu momentos conturbados no cargo até ser demitido.

Criticado por conta da sua gestão em frente a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), já que o país vivencia o pico da doença e a vacinação caminha em passos lentos, o ministro mudou o cronograma de entrega de vacinas pelo menos cinco vezes desde fevereiro.


Relembre as vezes em que Pazuello mudou sua versão sobre a entrega de imunizantes para o mês de março:

  • 17/Fevereiro: Cronograma do Ministério da Saúde apresentado para governadores prometeu 46 milhões de doses de vacinas para o mês de março.

O número representa 18 milhões da CoronaVac, 4 milhões de doses importadas de Oxford, 12,9 milhões produzidas pela Fiocruz; Além disso, 2,9 milhões de doses da vacina de Oxford seriam recebidas pela Covax Facility. 400 mil doses da Sputnik V e 9 milhões de doses da Covaxin importadas por empresas privadas.

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  • 4/Março: Novo cronograma de entregas para março teve redução de quase 8 milhões de doses, indo agora para 38 milhões de doses de vacina, segundo documento da pasta da Saúde entregue ao Senado Federal.

Segundo Pazuello, a redução se deu devido a redução de doses prometidas pela AstraZeneca e da Fiocruz, que receberam com atrasos as doses e os insumos necessários. Além disso, doses da Sputnik V somente chegarão em abril.

  • 6/Março: Mais uma alteração no cronograma diminuiu expectativa de 38 para 30 milhões de doses em apenas dois dias de diferença.

A Saúde excluiu 8 milhões de doses da Covaxin, imunizante desenvolvido na Índia, que ainda não havia pedido autorização para uso emergencial no Brasil para a Anvisa.

  • 8/Março: Após se reunir com um grupo de governadores, o general Eduardo Pazuello mais uma vez apresentou números menores de doses que seriam entregues neste mês, estimado entre 25 e 28 milhões de doses de vacinas.
  • 10/Março :  Na semana em que o país registrou o maior número de mortes diárias em decorrência da Covid-19, Pazuello reduziu a previsão de doses distribuídas no mês de março pela 4ª vez.

“Nós temos garantidas para março entre 22 e 25 milhões de doses, podendo chegar até 38 milhões de doses”, disse o então ministro, questionado sobre os dados divergentes.

  • 15/Março: Nesta segunda, horas antes do anúncio de Queiroga como novo representante do ministério, Pazuello, em entrevista coletiva, voltou com a previsão de 4 de março, e prometeu 38,1 milhões de unidades de vacinas para o mês.

A entrega das vacinas depende dos insumos que cada fabricante tem à disposição e da capacidade de produção da doses nas fábricas do país, como a FioCruz e o Butantan. Portanto, a expectativa do governo federal pode não ser cumprida.

4º ministro

O Brasil terá o 4º ministro da Saúde durante a pandemia. Antes de Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que mantiveram perfis técnicos, deixaram o cargo por divergências com Bolsonaro.

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