O Brasil registrou 66.573 óbitos causados pelo novo coronavírus em março de 2021, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde, e teve seu mês mais mortal desde o início da pandemia.
O recorde anterior era de julho de 2020, quando haviam sido contabilizados 32.881 mortes. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Brasil teve em apenas um mês mais mortes do que 172 dos outros 181 países ou territórios que registram óbitos desde o início da pandemia.
Os únicos nove que superam o saldo de vítimas brasileiras em março são: EUA (552.073), México (203.210), Índia (162.927), Reino Unido (126.955), Itália (109.346), Rússia (97.594), França (95.798), Alemanha (76.589) e Espanha (75.459).
Na última quarta-feira (31), o Brasil bateu seu recorde de mortes em 24 horas, com 3.869, e o número de novos casos seguiu elevado, com 90.638. Atualmente, o país tem a segunda maior cifra de óbitos no mundo em termos absolutos (321.515) e o 18º em índices relativos (153 mortes/100 mil habitantes).
Em meio a esse cenário caótico, a vacinação caminha a passos lentos para conter a pandemia. Passados dois meses e meio da primeira dose aplicada no Brasil, o país contabiliza 17,7 milhões de pessoas parcialmente vacinadas, o que representa menos de 10% da população nacional.
Quando se leva em conta aquelas que já tomaram as duas doses, o número é pouco maior que 5 milhões, ou seja, 2,4% do total de habitantes do Brasil. De acordo com o último boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 17 estados e o Distrito Federal têm mais de 90% de ocupação nas UTIs para Covid-19 no SUS.
Outros sete estados apresentam taxas acima de 80%, enquanto apenas dois, Amazonas (76%) e Roraima (62%) estão fora do patamar de alerta crítico.