Alguns grupos de Policiais Militares do estado de São Paulo estão se mobilizando nos batalhões para não se vacinar contra a Covid-19, seguindo uma ideoloogia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o governador João Doria (PSDB). As informações foram publicadas pelo portal 'Uol'.
Segundo as fontes ouvidas pela reportagem do portal, alguns membros da polícia não querem se vacinar para fazer oposição às determinações do governador João Doria (PSDB). Os PMs ouvidos disseram que determinações são seguidas apenas em ditaduras e afirmaram não confiar em uma vacina trazida da China, um discurso semelhante ao que já propagou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando duvidou do imunizante CoronaVac por ele ser desenvolvido em parceria com um laboratório chinês.
Para os cinco policiais entrevistados pelo Uol, mesmo com o atraso na compra das vacinas pelo governo federal e as indicações de tratamento sem eficácia comprovada, as ações do presidente Bolsonaro são mais efetivas que a do governo estadual.
A Secretaria da Segurança Pública confirmou que a imunização dos agentes é voluntária. "Cerca de 140 mil doses de imunizante estarão disponíveis para os profissionais da ativa das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros, Guardas Civis Metropolitanos, Guardas Municipais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (que atuam em SP) e agentes da Fundação Casa."
Na manhã desta última segunda-feira (5), João Doria afirmou que os policiais também estão na linha de frente, tendo contato com o público, e por isso houve a inclusão dos agentes no Plano Estadual de Imunização. "Queria destacar todos esses profissionais e agradecer pelo esforço, pela dedicação, pelo desprendimento que têm feito neste período de pandemia. Todos esses agentes fazem parte dos nossos heróis, ao lado dos nossos profissionais de saúde", afirmou.