Com a chegada de mais doses da vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech no Brasil, aumentam também os questionamentos sobre o imunizante. Confira a seguir um tira-dúvidas com as principais perguntas sobre o medicamento.
1. Qual é a origem do imunizante?
Esse medicamento é fruto de uma parceria entre os laboratórios da empresa norte-americana Pfizer e da alemã BioNTech.
2. Como é feita a vacina?
Esse medicamento utiliza apenas uma parte sintética do material genético do vírus SARS-CoV-2, e não o vírus em si. Por isso, ela não provoca a doença Covid-19 em quem a recebe.
A ideia é que a parte usada, um RNA mensageiro (mRNA), dê instruções ao organismo para a produção de proteínas (antígenos) encontradas na superfície do vírus. Agora, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos e células de defesa.
Com isso, caso a pessoa tenha contato com a doença, o organismo tem a capacidade de combater o vírus sem adoecer.
3. Em quantas doses é aplicada essa vacina?
São duas doses, com um intervalo de maior ou igual a 21 dias. Preferencialmente, mais próximo de 3 semanas. Após a segunda aplicação, é importante aguardar pelo menos 7 dias para estar protegido.
4. Qual é a eficácia do medicamento?
A eficácia da vacina contra a Covid-19 é de 95%, de acordo com os resultados dos estudos de fase 3. Para chegar a essa conclusão, foram aplicadas duas doses, num intervalo de 21 dias entre elas, em mais de 44 mil voluntários.
Em jovens de 12 a 15 anos, a vacina demonstrou eficácia de 100% em estudos de fase 3 com 2.260 adolescentes dos Estados Unidos. Diante desse resultado favorável, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em junho, o uso do imunizante nessa faixa etária.
Além disso, a vacina é segura para grávidas. Vale lembrar que estão liberados para elas no Brasil somente os medicamentos da Pfizer e BioNTech e a CoronaVac, produzida pelo Butantan. A aplicação do imunizante da AstraZeneca e Fiocruz foi proibido em gestantes pela Anvisa.
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5. Quais são os efeitos colaterais da vacina da Pfizer e BioNTech?
De acordo com a bula do imunizante, as reações são divididas entre:
Comuns (10% dos pacientes):
- Dor e inchaço no local de injeção
- Cansaço
- Dor de cabeça
- Diarreia
- Dor muscular
- Dor nas articulações
- Calafrios
- Febre
Mais comuns (entre 1% e 10% dos pacientes):
- Vermelhidão no local de injeção
- Náusea
- Vômito
Incomuns (entre 0,1% e 1% dos pacientes):
- Aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas)
- Reações de hipersensibilidade, como, por exemplo, lesão na pele, coceira, cansaço, diminuição de apetite, entre outros.
Rara (entre 0,01% e 0,1% dos pacientes):
- Paralisa facial aguda
6. Já temos esse imunizante no Brasil?
Em fevereiro de 2021, a Anvisa concedeu registro definitivo ao imunizante. Com isso, foram assinados dois acordos entre os laboratórios e o Governo Federal, em março e em maio, para a entrega de 200 milhões de vacinas até o fim do ano. O primeiro lote foi entregue em 29 de abril.