Brasil pode atingir 211 mil novas mortes por Covid-19 neste ano, diz estudo
Matheus Barros
Brasil pode atingir 211 mil novas mortes por Covid-19 neste ano, diz estudo

Um estudo das Universidades Federais de São João del-Rei (UFSJ) e Juiz de Fora (UFJF) apontou que se o ritmo de vacinação no Brasil continuar na média de 360 mil pessoas por dia, haverá cerca 211 mil novas mortes por Covid-19 no país até o final de 2021.

 A pesquisa afirma ainda que cerca de 50 mil vidas podem ser poupadas se a imunização do país for quadruplicada, chegando à 1,44 milhão de pessoas vacinadas por dia. Mas se o país seguir o mesmo ritmo, a pandemia não será controlada até o final do ano.

Os pesquisadores utilizaram o número de casos ativos, taxa de imunização, eficácia das vacinas presentes em território nacional, transmissão do vírus e a taxa de mortalidade entre vacinados e não vacinados para simular três cenários.

No primeiro cenário foram consideradas 360 mil pessoas vacinadas por dia. Se elas receberem uma vacina com taxa de 50% de eficácia haverá em torno de 188 mil mortes, mas se receberem um imunizante com 90% de eficácia, poderão morrer até 211 mil brasileiros.

No segundo cenário estudado, foi considerado o dobro de vacinação, ou seja, 720 mil doses aplicadas diariamente. Neste caso, seriam poupadas 23.467 vidas em comparação ao cenário anterior.

Já na última hipótese, se a vacinação alcançasse 1,44 milhão de pessoas por dia, o número de óbitos diminuiria em 28%, salvando 45.765 vidas.

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“Em todas as simulações realizadas, consideramos que toda vacina leva 35 dias para desencadear a resposta imune e é considerada na taxa de vacinação diária somente a quantidade de aplicações de primeira dose. A população máxima a ser vacinada é limitada em 160 milhões, o que corresponde ao número de pessoas aptas à imunização, de acordo com o Programa Brasileiro de Imunização”, apontaram os pesquisadores.

Os pesquisadores puderam concluir que a taxa de vacinação é considerada mais importante que a eficácia da vacina e afirmaram que com a taxa de imunização atual não seria possível atingir os 160 milhões de brasileiros vacinados até dezembro, como prometeu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

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