A farmacêutica americana Pfizer entrega ao Brasil, nesta semana, mais 2,4 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, divididas em três lotes. As remessas vão desembarcar no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP). O primeiro envio, com 528,8 mil imunizantes, está previsto para terça-feira, dia 29.
A empresa fará outras duas entregas na quarta e quinta-feira, com 936 mil doses cada uma, todas por Viracopos.
No domingo passado, a Pfizer concluiu o envio de outras 2,4 milhões de vacinas. As remessas fazem parte dos acordos da empresa com o Ministério da Saúde, que totalizam 200 milhões de doses do imunizante desenvolvido em parceria com a BioNTech contratadas pelo governo federal.
Até o momento, 17 lotes totalizando 13 milhões de vacinas da Pfizer/BionTech chegaram ao país. Com as três entregas desta semana, o número subirá para 15,4 milhões. A companhia diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.
No dia 20 de junho, o Brasil recebeu a primeira remessa de doses da vacina da Pfizer por meio do consórcio global Covax Facility. A entrega foi de 842 mil imunizantes, também por Viracopos.
A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Armazenamento e idade indicada
No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.
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Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.
No início do mês, a Anvisa autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para maiores de 12 anos, se tornando a única que pode ser aplicadas na faixa etária no Brasil. Anteriormente, a indicação era apenas para pessoas com 16 anos de idade ou mais.
Esse também é um dos imunizantes recomendados pelo Ministério da Saúde para uso em gestantes.
Estudo indica imunidade a longo prazo
Um estudo publicado nesta segunda-feira indica que as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer/BioNTech e a da Moderna podem desencadear uma resposta imunológica persistente que garantiria uma proteção a longo prazo contra a doença.
A pesquisa realizada com 41 pessoas aponta que, caso a evolução de variantes não mude significativamente, não seria necessário aplicar doses de reforço nas pessoas que receberam esses imunizantes.