Por causa do surgimento da variante Delta, que já está em São Paulo, o governo estadual cogitou diminuir o intervalo entre as doses das vacinas contra a Covid-19. Ao iG Saúde, Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização, disse que, por enquanto, o intervalo permanece o mesmo, de 12 semanas.
"O Plano Estadual de Imunização é pautado pelo planejamento. Nenhuma decisão é tomada sem que a gente converse com a ciência, sem que a gente levante os dados, seja da OMS ou de outros países que estão à nossa frente na vacinação", disse de Paula. Por isso, neste momento, não há a antecipação da segunda dose da vacina AstraZeneca.
"No cenário que temos hoje, achamos que não é este o momento oportuno [para a redução do intervalo entre as doses]. Amanhã, em uma nova reunião, a gente discute com todos este tema", concluiu de Paula.
Doria afirmou que todas as quintas-feiras acontece uma reunião de duas horas de duração para que o estado faça uma série de definições sobre a vacinação. "Esse será um dos temas da pauta da reunião de amanhã", disse o governador.
A CoronaVac, fabricada pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, tem um intervalo de 28 dias entre uma dose e outra, o que faz com que as pessoas estejam completamente vacinadas mais rapidamente. Quanto às vacinas da Pfizer e AstraZeneca, este intervalo é maior.