A maioria dos municípios brasileiros vêm enfrentando um problema para o avanço da vacinação contra a Covid-19 : os "sommeliers de vacinas" , que são aquelas pessoas que querem escolher a marca do imunizante que tomarão. Segundo estudo realizado CNM (Confederação Nacional de Municípios), quase 75% das cidades registraram casos deste tipo.
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O levantamento, divulgado nesta sexta-feira (16), ouviu 2.826 prefeitos, o que equivale à metade dos municípios do país -- 50,8%. Desses, 2.109, ou 74,6%, relataram pessoas que querem escolher a marca das vacinas. Nos outros 687 municípios, ou 24,3%, não houve nenhum registro de "sommeliers" .
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Das vacinas disponíveis no Brasil, a pesquisa constatou que a CoronaVac , produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, é a mais recusada por essas pessoas -- 50,6%. Em seguida, aparece a AstraZeneca , produzida em parceria com a Fiocruz -- 39,3%.
Já a rejeição da Janssen e da Pfizer , que chegaram mais recentemente ao país, ficou abaixo dos 5%.
Segundo levantamento, 47,2% dos municípios relatou que informam que não é possível escolher a marca do imunizante e aplica a vacina que está disponível no momento. Mas em 19,3%, os "sommeliers" perdem a prioridade na campanha de vacinação.
Já 7,1% dos locais pedem para que a pessoa retorne ao posto quando a marca desejada chegar. Apenas em 0,4% as pessoas podem escolher a marca.