A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerrou neste sábado o processo de pedido do uso emergencial da vacina Covaxin. A decisão foi tomada após o laboratório indiano Bharat Biotech, que desenvolveu o produto, ter comunicado que a empresa brasileira Precisa, alvo da CPI da Covid, não o representa mais no país. Foi a Precisa que fez o pedido de uso emergencial à Anvisa no dia 29 de junho.
A decisão foi tomada por unanimidade pela Diretoria Colegiada da Anvisa. A relatora foi a diretora Meiruze Freitas. Em seu voto, ela destacou que o rompimento da relação comercial entre Bharat Biotech e Precisa "implica em impedimento da manutenção e continuidade da avaliação do pedido".
De acordo com a diretora, "seguir com uma avaliação técnica de uma petição já administrativamente corrompida implicaria em significativo desperdício de esforços e recursos da administração".
Na sexta-feira, também em razão do fim da parceria, a Anvisa já havia suspendido a autorização dos testes clínicos da Covaxin, que não chegou a ser aplicada em nenhum voluntário no país. A suspensão cautelar foi determinada pela Coordenação de Pesquisa Clínica da agência e comunicada à Precisa e ao Instituto Albert Einstein, que também participaria do estudo.
Na sexta-feira, ao anunciar o fim da parceria com a Precisa, o laboratório indiano informou não reconhecer a autenticidade de dois documentos enviados pela empresa brasileira ao Ministério da Saúde com uma suposta assinatura da Bharat Biotech. Procurada, a Precisa diz que "jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin".