Os novos contratos da União Europeia com a farmacêutica Pfizer e a Moderna mostram que as doses das duas vacinas ficaram mais caras. A justificativa seria uma adaptação da fórmula, melhor preparada para combater as novas variantes da Covid-19.
“Tem que olhar tudo isso com racionalidade, não se deixar enganar, obviamente, sem ter contratos mais exigentes, com produtos adaptados às variantes. Não apenas para a União Europeia, mas para todos os compradores será um pouco mais caro”, declarou Clément Beaun, secretário de Estado francês para Assuntos Europeus em entrevista para a RFI (Rádio France Internationale).
Vacinas da Pfizer e da Moderna mais caras
O secretário não especificou o aumento, mas o jornal Financial Times teve acesso ao novo contrato de compra e constatou que ambas as vacinas ficaram mais caras com o preço da vacina da Pfizer indo de US$ 18,39 (R$ 94,47) para US$ 23,14 (R$ 118,88) enquanto a Moderna foi de US$ 22,5 (R$ 115,59) para US$ 25,5 (R$ 131). Os valos em reais são em conversão direta.
É importante destacar que o preço dessas vacinas sofre mudança de acordo com o contrato firmado e o tempo de antecedência. Ou seja, outros países podem ter pago preços diferentes pelas doses iniciais das vacinas.
Em julho, a União Europeia anunciou que alcançou a meta de conseguir vacinas para imunizar 70% da população de todos os países do bloco. Os contratos totalizam 500 milhões de doses, sendo 330 milhões da Pfizer, 100 milhões da AstraZeneca, 50 milhões da da Moderna e 20 milhões da Janssen.
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A Pfizer e a Moderna não se pronunciaram oficialmente sobre as vacinas mais caras. É importante ressaltar ainda que as vacinas originais também protegem contra as variantes, sendo necessárias as duas doses. As novas versões são adaptadas para fornecerem uma segurança mais ampla.