Crianças e adolescentes dificilmente desenvolvem a Covid-19 de longa duração, segundo cientistas do King’s College London, no Reino Unido. O estudo, publicado na revista The Lancet nesta terça-feira (3), foi feito com 1.734 pacientes de 5 a 17 anos.
Os pesquisadores observaram que menos de uma em cada 20 crianças continuam sintomáticas por mais de quatro semanas. As informações foram coletadas entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, período em que as escolas no Reino Unido reabriram e que coincidiu com o outono e inverno da região, quando o país sofreu um pico de novos casos de Covid-19.
Em crianças mais novas, de 5 a 11 anos, os sintomas duram em média cinco dias. Já nos maiores, de 12 a 17, os sintomas costumam durar mais, cerca de sete dias. Segundo o estudo, 4,4% apresentaram sintomas por quatro semanas ou mais e apenas 1,8% teve sintomas por mais de oito semanas.
Dados do aplicativo Zoa, o mesmo utilizado para obter dados sobre as infecções nas crianças e adolescentes, apontam que um em cada sete adultos teve sintomas da Covid-19 por quatro semanas e um em cada 20 continuou doente por oito semanas ou mais.
Dores de cabeça, cansaço, dor de garganta e perda do olfato foram os sintomas mais comuns relatados na faixa etária mais nova. Sintomas mais graves, como diminuição da concentração ou atenção ou ataques e convulsões, não foram registrados.