De acordo com a prefeitura do Rio, a única morte por Covid-19 no município até agora causada pela variante Delta foi de uma mulher que recusou a tomar a vacina. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia, durante divulgação do 31° boletim epidemiológico da cidade.
"A maioria absoluta de casos da Delta é de síndrome gripal. Registramos um óbito. Foi de uma idosa que não se vacinou. Inclusive, segundo nossa investigação, ela não tinha se vacinado por opção, porque tinha medo das reações adversas e acabou não se vacinando", disse o subsecretário.
Para dar uma dimensão da importância da vacinação, 95% dos internados atualmente com sintomas do novo coronavírus na cidade não tomaram sequer a primeira dose de um imunizante, conforme a prefeitura. Segundo o prefeito Eduardo Paes, que reiterou a relevância dos números levantados pela secretaria e insistiu para que os cariocas procurem se vacinar na data elegível, só 5% das internações são de pessoas que se vacinaram.
Os dados corroboram os estudos internacionais que apontam para a eficácia dos imunizantes disponíveis no combate à variante Delta — que, segundo a subsecretaria de Vigilância em Saúde, já corresponde a metade dos casos de novas linhagens identificados na cidade.
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Em um período de apenas dez dias, o programa de vigilância genômica da Covid-19, da Secretaria estadual de Saúde (SES), detectou um aumento de mais de 50% no percentual de pacientes com a variante Delta, apontada por especialistas como mais contagiosa, em relação ao total de casos da doença no Rio.
No último boletim, divulgado no dia 23 de julho, a Delta respondia por 16,62% dos registros, contra 78,36% da variante Gama. Na análise liberada nesta terça-feira pela pasta, os números passaram para 26,09% e 66,58%, respectivamente.
Um estudo do Imperial College de Londres mostra que pessoas vacinadas com duas doses dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca têm redução de cerca de 50 a 60% no risco de infecção pela variante Delta do coronavírus, incluindo casos assintomáticos.
Os autores da pesquisa, batizada de REACT-1 e divulgada nesta quarta-feira, infromaram que quem relatou receber duas doses de vacina tinham pelo menos metade da probabilidade de testar positivo para Covid-19. Foram analisados dados de mais de 98 mil voluntários na Inglaterra.