Autoridades investigam surtos da 'doença da urina preta' na Bahia e no Amazonas
Foto: Reprodução/ Ulrike Leone/ Pixabay
Autoridades investigam surtos da 'doença da urina preta' na Bahia e no Amazonas

Autoridades de saúde do Amazonas e da Bahia investigam as origens de surtos da  doença de Haff, popularmente conhecida como "doença da urina preta". Ao todo, são 25 casos em análise pelos órgãos de vigilância sanitária e epidemiológica dos dois estados.

doença de Haff tem como principal característica o escurecimento da urina. A coloração se modifica por causa da rabdomiólise: lesões musculares que liberam substâncias tóxicas na corrente sanguínea.

No Amazonas, os casos estão concentrados no município de Itacoatiara, situado a 176 quilômetros de Manaus. Até esta quinta-feira, a doença tinha acometido 19 pessoas.

Do total de pacientes com a doença, sete estão internados no Hospital Regional José Mendes, em Itacoatiara. E mais uma pessoa está hospitalizada, mas na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), em Manaus.

"Todos estão hemodinamicamente estáveis e sem nenhuma evidência de complicação clínica. Permanecem os sete pacientes internados para observação", afirmou o médico infectologista Antônio Magela, da FMT-HVD.

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A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) explica que a doença de Haff ocorre na sequência de uma série de eventos, inclusive após o consumo de alimentos contaminados, inclusive o pescado.

A ingestão de peixes e crustáceos de água doce vem sendo considerada a causa provável do surto no Amazonas. Mas a doença também pode surgir depois de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, segundo a FVS.

Na Bahia, a Secretaria da Saúde investiga seis casos da doença de Haff nos municípios de Alagoinhas, Simões Filho, Maraú, Mata de São João e Salvador.

"Os alimentos são encaminhados para análise laboratorial em um centro de referência e aprofunda-se a investigação, pois os pacientes podem apresentar rabdomiólise por outras causas", disse a diretora da vigilância epidemiológica da Bahia, Márcia São Pedro.

Um surto da "doença da urina preta" também ocorreu em 2020, na Bahia. Naquele ano houve 40 casos confirmados nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Camaçari, Entre Rios, Dias D’Ávila e Candiba.

Além da urina escura, a doença de Haff provoca extrema rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, dispneia, dormência e perda de força em todo o corpo.

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