Na última sexta-feira, a farmacêutica chinesa Chongqing Zhifei Biological Products anunciou que uma primeira análise dos resultados da última fase de testes clínicos da sua vacina contra Covid-19, a ZF2001, apontou 82% de eficácia geral. De acordo com a fabricante, o imunizante aplicado em três doses também apresentou eficácia de cerca de 92% contra a variante Alfa e 78% contra a Delta.
Apesar do anúncio, os dados ainda não foram publicados e revisados por pares. Segundo o jornal South China Morning Post, a fase três dos testes clínicos, último estágio antes do pedido para aprovação, incluiu 28.500 adultos, e os resultados foram baseados em uma análise provisória de 221 infecções no grupo.
Os testes foram realizados no Equador, na Indonésia, no Paquistão, na China e no Uzbequistão. Nos dois últimos países, a vacina recebeu aprovação emergencial em março e é aplicada desde então — ainda que a fase três dos testes só tenha chegado ao fim agora.
O imunizante foi desenvolvido pela Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical, uma subsidiária da Chongqing Zhifei Biological Products, em parceria com o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências. Entre as sete vacinas em uso atualmente na China, ela é a única que utiliza a tecnologia de proteína recombinante.
Essa é a mesma plataforma adotada pela farmacêutica estadunidense Novavax que, em junho, anunciou uma eficácia de mais de 90% da sua vacina contra Covid-19.
Ainda de acordo com informações do South China Morning Post, o imunizante ZF2001 pode ser armazenado em temperaturas de 2 a 8 graus Celsius e o intervalo entre as suas três doses é de um mês cada. A vacina foi submetida à aprovação da Organização Mundial Saúde (OMS) no início deste ano pela fabricante, mas ainda não foi analisada.