O Brasil recebe neste domingo (12), no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), 5.181.930 doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer. São quatro lotes, que chegam em voos separados até o fim da noite.
Após o desembarque, as vacinas serão levadas para o depósito do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP) e, em seguida, enviadas aos mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.
De acordo com a Pfizer, com as remessas de hoje, já são 72 milhões de doses do imunizante entregues ao país. No total, segundo a empresa, o Brasil receberá 200 milhões de doses da vacina até o fim de 2021, por meio de dois contratos de fornecimento da vacina. O primeiro contrato, fechado em com o Ministério da Saúde em 19 de março, prevê a entrega de 100 milhões de doses até o fim de setembro. Já o segundo, assinado em 14 de maio, prevê mais 100 milhões entre outubro e dezembro.
Cidades sem AstraZeneca deverão aplicar segunda dose com Pfizer
O governo de São Paulo anunciou na sexta-feira (10) que, após faltarem doses da AstraZeneca em muitos postos do estado - e também em outros locais pelo Brasil - quem estiver com a segunda dose do imunizante vencida entre os dias 1 e 15 de setembro receberá, a partir da próxima semana, a segunda dose da Pfizer. A medida é tida como emergencial e foi aprovada pelo Cosems (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde).
Em um comunicado, o governo paulista reiterou que o chamado "apagão" na imunização aconteceu por responsabilidade do Ministério da Saúde, que "deixou de enviar quase 1 milhão de doses ao Estado em setembro". O Ministério nega.
O governo destacou que a intercambialidade das vacinas foi chancelada pelo Comitê Científico do PEI, embasado em decisões da OMS e orientações do Ministério da Saúde.
O Rio de Janeiro e outros locais que enfrentam a escassez de doses da AstraZeneca ainda não oficializaram que aplicarão vacinas da Pfizer na segunda dose, mas a tendência é que o exemplo de São Paulo seja seguido, desde que haja doses disponíveis.