O infectologista Marcos Boulos
Cecília Bastos/Usp Imagens
O infectologista Marcos Boulos

O infectologista Marcos Boulos acredita que os conselhos de medicina e deveriam trabalhar mais ativamente no combate à defesa do chamado "tratamento precoce" contra covid-19 , pratica que estimula a administração de medicamentos sem eficácia comprovada para pacientes que, em muitas situações, não tem diagnóstico para a doença.

"Nós temos vários profissionais que defendem esses tratamentos. Por algum segredo que eu não sei qual é, os conselhos de medicina ainda permitem que isso aconteça. É papel do conselho zelar pela parte ética e pelo bem- estar dos paciente. Os conselhos têm pecado", disse, em entrevista ao UOL News.

O programa debateu a participação do diretor-executivo da Prevent Sênior, Pedro Benedito Batista Júnior, na CPI da Covid. Documentos e áudios revelados nos últimos dias apontam que a empresa administrou os medicamentos do chamado 'kit covid-19' sem o consentimento de pacientes. Alguns deles, teriam doenças pré-existentes que não permitiriam o uso de substâncias como a cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.

O apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao tratamento com esses remédios, que não têm eficácia comprovada contra a covid-19, para Boulos, pode ser considerado um "crime contra as pessoas".

"O que o presidente tem falado não é de agora, se a gente for pensar que ele evita usar máscara, fala que pode participar de aglomeração e que evitou comprar vacina. Bastava isso para dizer que ele cometeu um crime contra as pessoas. Essas 600 mil pessoas que morreram, muitas foram por falta de cuidados mínimos, estimulados pelo presidente", completou.

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