A cantora Giulia Be passou por um susto no último fim de semana. Depois de desmaiar e bater a cabeça em casa, ela foi levada para o hospital, onde ficou internada até segunda-feira para exames.
Hoje, nas redes sociais, ela disse estar bem, e explicou o diagnóstico recebido: síndrome vasovagal. "Foi um susto, não vou mentir. Eu estava em casa e desmaiei. Graças a Deus, minha amiga ouviu, me ajudou. Eu fraturei uma parte do meu crânio aqui atrás, está com galo. Tive que ficar internada porque houve um sangramento no cérebro e você precisa de 72 horas em observação pra não correr o risco de inchar mais ou piorar", disse, em um dos vídeos publicados.
"A gente descobriu que tenho algo chamado síndrome vasovagal, que meu corpo às vezes não manda sangue pro cérebro e pode causar desmaios ou perda súbita de consciência, como aconteceu, então estou tomando extra cuidado. Mas é isso. Estou com muito sono o tempo todo. Desculpa não ter aparecido aqui antes".
"Eles me deram alta até porque preciso voltar a trabalhar, voltar aos meus compromissos. Mas devo voltar ao hospital essa semana pra fazer mais uma tomografia, mais uma ressonância, pra ter certeza de que o sangramento parou".
Mas o que é a síndrome vasovagal?
Segundo a Dra. Tatiana Vilasboas, neurocirurgiã do Hospital San Gennaro, trata-se de um problema de origem circulatória, que pode causar desmaios ou síncopes.
"Essa síndrome não é uma doença", explica. "É uma condição que acomete majoritariamente mulheres jovens. Principalmente em ambientes muito cheios, muito quentes, após longos períodos em pé. Tudo isso pode corroborar para um episódio", explica.
Durante uma crise, o aumento da pressão sanguínea sobe, e o sistema nervoso não consegue controlar os batimentos cardíacos como de costume.
Dra. Tatiana explica que para detecção da síndrome, o paciente é submetido a um exame chamado 'Tilt Test'. Nele, os médicos movem o corpo em diversas posições para tentar simular os efeitos da crise. Caso detectada, o tratamento é feito com base em mudanças comportamentais.
"Não existe medicação específica", ela explica. "Geralmente é um tratamento comportamental, orientando o indivíduo beber muita água, por exemplo, para prevenir novos acontecimentos".
O acompanhamento do quadro após a crise no hospital também é fundamental, afirma a médica.
"Se o paciente sofreu uma síncope, caiu, bateu a cabeça, é importante verificar se há alguma consequência do traumatismo. A queda pode causar lesões no encéfalo [região central do sistema nervoso], na coluna cervical, ou até mesmo em outros órgãos que podem ter batido em um objeto próximo", concluiu.
Nas mensagens aos fãs, a cantora tranquilizou a todos, e disse que se por acaso "ficar sumida", é porque está cuidando da saúde.
"Se eu ficar sumida daqui é por isso, estou priorizando minha saúde nesse momento, meu descanso, mas queria deixar o coração de vocês bem tranquilo. Demora um tempinho pra fratura fechar, porque não tem o que fazer. Mas acredito que de três há seis meses já estou com o crânio zero bala e pronta pra próxima".