Em meio ao surto de novos casos de covid-19 em indígenas no Mato Grosso do Sul , o Ministério da Saúde informou que está focado na testagem e massa e busca ativa de contatos e possíveis novos casos na população que vive na região de Dourados.
Ontem, o boletim do Distrito Sanitário Especial Indígena divulgou que 150 indígenas estavam infectados com a covid-19. Segundo a pasta, só na região da Unidade de Atenção do Polo Base de Dourados, são 91 casos.
"Todos os indígenas que foram positivados estão em isolamento e seguem em monitoramento pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), seguindo os protocolos de testagem e cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde. Até o momento, foram investigados desde 21/10/21 652 indígenas, 91 testaram positivo para Covid-19", disse o MS em nota.
"O DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) desde a identificação dos primeiros casos tem realizado a busca ativa e testagem nos pacientes, seus familiares e contatos, acompanhamento diário da Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI)", afirmou.
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, as aldeias não registravam casos há mais de dois meses, e que parte dos casos poderia estar relacionado à volta às aulas presenciais e retardo na vacinação de adolescentes não indígenas.
O Ministério da Saúde informou que as vacinas da Pfizer para imunização de adolescentes indígenas de 12 a 17 anos foram disponibilizadas para o estado em 8 de outubro, e que dos 3.008 atendidos pelo Polo Dourados, 63,2% já foram imunizados coma primeira dose.
A pasta confirmou a suspensão das aulas. "As Equipes Multidisciplinares continuam realizando testagem em massa, monitoramento e isolamento dos casos para o controle do surto. Até o momento não foram identificados casos positivos de Covid-19 com casos relacionados ao surto escolar em Dourados e a equipe de saúde segue com as ações de testagem e o monitoramento", diz o texto.
Em números totais, o DSEI MS já vacinou 91% da população da região com a primeira dose, e 85% com a segunda dose. Desde setembro, idosos e profissionais de saúde estão recebendo a dose de reforço.