O governo de Cingapura anunciou nesta terça-feira (09) que não vai mais arcar com os custos de tratamento da Covid-19 para pessoas que escolheram não se vacinar. As autoridades alegam que esse grupo "constituiu uma maioria considerável daqueles que requerem cuidados intensivos de internação e contribuem de forma desproporcional para o desgaste de nossos recursos de saúde".
Foi estabelecido um prazo para pagar as contas de quem ainda está parcialmente vacinado. Essas pessoas tem até o dia 31 de dezembro para completar o esquema vacinal, ou também terão de bancar sozinhas os gastos com uma possível consulta ou internação.
A medida entra em vigor em 8 de dezembro. Atualmente, o governo cobre todos os custos médicos para os cidadãos, bem como residentes permanentes e portadores de visto de longo prazo, exceto quando o teste tem resultado positivo logo após retorno do exterior. Pessoas que não são elegíveis para uma vacina vão continuar sendo assistidas.
Cingapura tem uma das taxas de cobertura vacinal mais altas do mundo, com 85% da população elegível totalmente imunizada. Ainda assim, a cidade-estado está registrando um aumento de infecções por Covid. Em outubro, alertou que seu sistema de saúde corria o risco de ficar “sobrecarregado” pelo aumento de casos.
O maior registro de infecções ocorre após o relaxamento recente de algumas restrições, como a não obrigatoriedade de quarentena para viajantes. O governo decidiu mudar de uma política de tolerância zero, com bloqueios e fronteiras fechadas, para a estretégia de conviver com a Covid-19.