A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) delibera na tarde desta quarta-feira sobre a inclusão das doses de reforço da Pfizer, da Janssen e da AstraZeneca na bula das vacinas contra a Covid-19 . A tendência é que o órgão regulatório aprove doses de reforço homólogas, isto é, do mesmo imunizante. A decisão final, contudo, é do Ministério da Saúde.
A pasta anunciou na terça-feira da semana passada que estenderá a dose de reforço a todas as pessoas a partir de 18 anos que tenham completado o ciclo de imunização há, no mínimo, cinco meses. A orientação do ministério dá preferência ao reforço com a vacina da Pfizer, independente se a pessoa tiver tomado essa vacina, a CoronaVac ou a da AstraZeneca.
Há uma exceção quanto à Janssen: segundo o anúncio, quem tomou uma dose deverá receber a segunda com, pelo menos, dois meses de intervalo. Só então, cinco meses depois, estaria apto a tomar o reforço.
Como mostrou O GLOBO, a decisão sobre as doses de reforço abriu fissuras na relação com a Anvisa, que já estava desgastada. Houve desconforto entre os diretores do órgão regulatório, que não foram consultados antes do anúncio, assim como secretários de saúde, técnicos e integrantes da Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai). Diante desse cenário, a reunião da diretoria colegiada é considerada uma saída técnica.