Putin revela ter recebido vacina nasal russa contra a Covid-19
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Putin revela ter recebido vacina nasal russa contra a Covid-19

O presidente da  Rússia, Vladimir Putin, revelou nesta quarta-feira (24) que participou de testes de uma forma nasal da vacina russa contra a Covid-19 e afirmou que tomou uma dose de reforço da Sputnik V.

"Exatamente seis meses após a inoculação, meus anticorpos baixaram e os especialistas recomendaram um procedimento de revacinação, que foi que fiz alguns dias atrás", explicou o líder russo em uma reunião com membros de seu gabinete.

As declarações foram dadas no dia em que o governo russo anunciou uma nova versão da Sputnik V para adolescentes e a forma de spray nasal do imunizante — e que pretende exportá-lo.

Putin afirmou que tomou o reforço em forma de injeção e, dias depois, recebeu o spray nasal (que é aplicado como um pó pulverizado em ambas as narinas).

"No começo eu fiz isso como uma injeção, então, depois de uma conversa com Denis Logunov, vice-diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya, ele veio e meu pessoalmente a segunda metade desse procedimento, que é esse pó intranasal", contou Putin, citado pela agência Tass.

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De acordo com o presidente russo, esse procedimento também se faz com uma seringa, mas em vez de uma substância líquida, ele precisou respirar fundo um pó, que Logunov borrifou de um lado e depois do outro.

"Depois sentei-me por cerca de 15 minutos e foi isso. Não senti nada, absolutamente nada. Depois desses dois procedimentos, a injeção e a forma nasal, eu estava me exercitando esta manhã", finalizou Putin.

O presidente do país já havia manifestado o desejo de participar dos estudos da vacina, que teve o desenvolvimento anunciado no meio deste ano. Apesar do relato de Putin, não foram divulgados estudos científicos que comprovem a eficácia das novas formas de imunização.

Até o momento, nem mesmo a versão original da Sputnik V — que é aplicada em duas doses — foi aprovada nem pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nem pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês). O imunizante russo também não foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.

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