Já imaginou passar mal e, ao ir ao banheiro, perceber que a sua urina está da cor do café? Esse é um dos sintomas da Doença de Haff, que se popularizou no Brasil com o nome de "doença da urina preta".
Sabe-se pouco sobre a onda de infecções que provocou uma onda de casos no Amazonas. Segundo alguns médicos, os primeiros registros da doença de Haff datam de 1924, na Rússia. O mal que tem início súbito pode causar dores musculares intensas, náuseas, falta de ar, tonturas e fraquezas e, é claro, mudança na cor da urina.
Alguns estudos relacionam o início dos sintomas a ingestão de peixe, então é possível que ela seja causada por uma toxina presente em espécies de água doce, salgada ou crustáceos.
O diagnóstico é feito no consultório, com análise dos sintomas e questionário do médico. Já o tratamento deve ser feito logo no início dos sintomas.
A surpresa com doenças que poucos sabiam explicar não se restringiu ao Amazonas. Na Paraíba e em Pernambuco, mais de 200 pessoas passaram a manifestar, de uma hora para outra, uma coceira intensa na pele sem razão aparente.
As lesões começavam como caroços, seguidos de uma coceira forte o suficiente para fazer com que buscassem auxílio no hospital. Sem entender do que se tratava, os médicos chegaram a isolar quem apresentasse os sintomas.
Em nota, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) conseguiu esclarecer a origem do problema. A alergia é resultado do contato das cerdas liberadas por mariposas do gênero Hylesia durante o voo, que causa dermatite. A orientação dos especialistas é de que os pacientes procurem pelo serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.
Quanto às borboletas, a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde de Recife pediu para que as pessoas não matem: basta instalar telas em casa e manter as portas fechadas ao entardecer, já que o voo do animal geralmente acontece à noite.