O Ministério da Saúde afirmou, nesta segunda-feira, que o sistema de dados da pasta foi restabelecido na última sexta-feira. Há um mês, diversas plataformas da pasta ficaram fora do ar após ataque hacker.
O ConecteSUS, que emite certificado de vacinação, e o DataSUS, que reúne dados de acompanhamento da pandemia, foram alguns repositórios que ficaram prejudicados.
Segundo gestores estaduais e especialistas, o apagão de dados na pasta prejudica o monitoramento da Covid-19 no país sobretudo num momento em que a ômicron ocasiona aumento vertiginoso de casos no país.
"O Ministério da Saúde informa que a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados foi restabelecida na última sexta-feira (7). Desde então, as informações inseridas pelos estados e municípios nos sistemas estão retornando gradualmente às plataformas nacionais, possibilitando que os dados de saúde possam ser acessados por todos os usuários" , diz comunicado da pasta emitido nesta segunda.
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Em entrevista ao GLOBO, em dezembro, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, chegou a afirmar que como muitos estados não têm sistemas próprios o apagão fazia com que as unidades da federação ficassem no escuro.
Além disso, como o GLOBO mostrou que a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) estima que há mais de 1 milhão de exames de Covid-19 represados desde 10 de dezembro, quando os sistemas do Ministério da Saúde caíram.
O ministério negou que o apagão de dados tenha prejudicado o acompanhamento da pandemia no país. Segundo a pasta, a instabilidade não interferiu no monitoramento genômico da doença.
"A pasta continua realizando o monitoramento da situação epidemiológica no Brasil para tomadas de decisões frente ao atual cenário."