Médicos e profissionais de enfermagem que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) da Capital vão se virtualmente na noite desta quinta-feira (27) para definir as mobilizações adotadas pela categorias diante da possibilidade de greve levantada nos últimos dias pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).
Na semana passada, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP) pediu ao Tribunal de Justiça para ser admitido como assistente simples no processo de dissídio de greve do Simesp, mas teve a solicitação negada.
"Vamos discutir as propostas de mobilização que podem ser várias, inclusive paralisação ou até uma greve geral, a depender da participação da categoria na assembleia. Quem vai decidir é a categoria”, afirma Solange Caetano, secretária-geral do SEESP.
No último dia 13, em Assembleia, os médicos da Capital que atuam na Atenção Primária decidiram convocar uma greve para o dia 19, pleiteando uma reestruturação das equipes desfalcadas pelos casos de covid-19 e um plano de reposição de médicos afastados.
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A paralisação, no entanto, não aconteceu, já que um dia antes, a Justiça acatou um pedido da prefeitura que considerava a greve ilegal. A decisão foi de Guilherme Gonçalves Strenger, vice-presidente do TJ-SP, sob a justificativa que o movimento poderia causar "graves prejuízos" à população.
Segundo números da própria prefeitura, no dia 8 de janeiro, quase 1,5 mil profissionais precisaram se ausentar do trabalho em por causa da covid ou de síndromes gripais.
Os médicos afirmam que a "Prefeitura ignora a sobrecarga dos profissionais e não atende suas revindicações".
Médicos e enfermeiros pedem também o pagamento de plantões-extras feitos nas UBS, melhorias nas condições de trabalho e um plano de enfrentamento da covid-19, além da reabertura da mesa técnica.