Unidade Básica de Saúde (UBS) Nascer do Sol, na zona leste de São Paulo
Secretaria Municipal de Saúde
Unidade Básica de Saúde (UBS) Nascer do Sol, na zona leste de São Paulo

O número de profissionais da saúde afastados das funções por terem testado positivo para Covid-19 na cidade de São Paulo deu um salto de 821% durante o mês de janeiro.

Ao fim da primeira semana do mês, no dia 6, dados divulgados pela Prefeitura apontavam para 269 afastamentos. No boletim divulgado ontem (27), constavam 2.479. O número contempla médicos, enfermeiros, agentes de saúde e auxiliares de enfermagem.

O total de afastamentos por Síndrome Gripal também subiu de 1.209 no início do mês, para 2.121, um aumento de 75,4%. A síndrome gripal se caracteriza pela presença de um sintoma febril e um respiratório.

Desde o início do mês, médicos da capital ameaçam entrar em greve em razão das condições de trabalho nas UBS, e da queda no número de profissionais na ativa causada pelo aumento no número de afastados. A categoria entraria em greve no dia 19, mas foi impedida por uma decisão do Tribunal de Justiça.

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Quinta-feira (27), representantes do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) se reuniram em uma audiência de conciliação co a Prefeitura. Mais tarde, em assembleia extraordinária, médicas e médicos que atuam nas UBS não aceitaram a proposta de conciliação da administração municipal.

Os médicos pedem a liberação de orçamento para que as Organizações Sociais de Saúde (OSS) contratem 1.539 médicos, além da garantia do pagamento de horas extras aos médicos contratados sob o regime da CLT com adicional de 100% enquanto durar a pandemia, e a continuidade da mesa de negociação para apresentar um balanço semanal de contratados.

"A categoria aponta que a Prefeitura não se comprometeu com prazos para efetivação de tais contratações. Promessas similares vêm desde 2021, mas no último ano houve um déficit profissional ainda maior. Os trabalhadores da saúde e a população já estão fartos de promessas vazias e que não possuem garantias de execução. Uma contraproposta será apresentada à Prefeitura amanhã (28)", afirmou o Simesp, em nota.

Ao iG, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que atualmente, a rede conta com 22.647 médicos, e que "já autorizou todas as organizações parceiras a contratação de 700 profissionais de saúde, incluindo médicos, para atender a demanda das unidades de Atenção Básica, a critério das Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS)". "Além disso, 280 profissionais já foram contratados no mês de dezembro para auxiliar no atendimento à população", disse a pasta.

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