Náusea, vômito, diarreia e mal-estar: sintomas como esses, bem conhecidos como sinais de uma intoxicação alimentar, foram responsáveis pela abertura de uma investigação pela Food Standards Agency (FSA), agência reguladora equivalente à Anvisa, no Reino Unido. Nas contas do órgão, ao menos 57 pessoas - 40 delas crianças, foram diagnosticadas com salmonela.
A bactéria, muitas vezes associada com alimentos como ovo e maionese, pode se apresentar em alimentos diversos - incluindo o leite, um dos elementos básicos do chocolate -, causando inflamações no trato digestivo.
Além dos já citados, são sintomas também a perda de apetite, febre baixa e dores abdominais, que surgem de 12 a 36 horas após a contaminação. Com a atenção adequada, eles tendem a desaparecer em cerca de uma semana. Mas vale o alerta: quadros de diarreia e vômito prolongado podem desencadear outro problema, a desidratação.
Repouso e hidratação são as principais indicações de tratamento para a infecção. É indicado, no entanto, que o paciente procure por auxílio médico para identificar se trata-se de uma situação que exige a administração de antibióticos.
Os cuidados básicos para prevenção se baseiam a lavagem correta das mãos após ir ao banheiro - contaminação por fezes pode transmitir a salmonela -, antes das refeições e antes e após a manipulação de alimentos; lavagem e armazenagem correta de alimentos; cozinhar bem carnes e ovos; consumir leite pasteurizado ou fervido e beber apenas água potável.
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No ano passado, os Estados Unidos, que registram mais de 1,35 milhão de casos de salmonela anualmente, contabilizaram mais de 600 infecções pela bactéria após consumirem alimentos de um restaurante que importou cebolas do México.
Caso Kinder
Conforme noticiado pelo iG, os ovos de chocolate infectados no Reino Unido foram produzidos no mesmo local , e tinham validade entre 11 de julho e 7 de outubro. O recall foi feito pela Ferrero, fabricante do chocolate, de forma voluntária. A empresa diz colaborar com as autoridades para identificação do surto.
O mercado brasileiro não foi afetado pelo surto, conforme afirmou a Ferrero em nota. "O Brasil não está envolvido no recall voluntário de produtos Kinder selecionados fabricados na Bélgica. Os produtos Kinder comercializados no Brasil são produzidos na América do Sul", disse a impresa.