O paciente com diagnóstico suspeito para varíola dos macacos em São Paulo passa bem, apesar das dores no corpo e nas juntas, além das lesões características para os quadros típicos da doença. Os especialistas que entram no quarto, no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, seguem a cartilha da proteção: usam roupas especiais, luvas, máscaras do tipo N95, óculos e faceshield.
Trata-se de uma medida de cautela, mesmo diante de uma doença que não é grave. A ideia do aparato de proteção é manter isolamento de contato e de respiração com o paciente. O isolamento se dá de maneira muito semelhante a de outros pacientes com doenças contagiosas no centro de saúde.
Informações de pessoas envolvidas no caso indicam que análises de laboratório preliminares já atestaram positivamente e negativamente para varíola dos macacos. O tira-teima, portanto, se dará com o resultado apresentado pela análise do Adolfo Lutz. Até aqui, a identificação do diagnóstico se deu justamente pelas evidências clínicas — os sintomas característicos da doença — somado aos fatores epidemiológicos, a exemplo da viagem do paciente. Para interlocutores do Palácio dos Bandeirantes, o caso já é considerado confirmado.
O que diz o secretário de Saúde
Em entrevista ao GLOBO, o secretário da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn afirmou que o laudo laboratorial do paciente internado no Emílio Ribas e de um outro quadro semelhante também na capital paulista devem sair até o final de semana. Até lá, o infectologista diz que classifica ambos os quadros de saúde como “suspeitos”.
Gorynchtein explicou que tanto o paciente internado no Emílio Ribas quanto o outro caso suspeito em São Paulo, o de uma mulher, apresentam a mesma sintomatologia: dores no corpo e nas juntas, além de lesões na pele. Ele diz que caso o exame no Adolfo Lutz dê negativo, os casos serão considerados "indeterminados".
— As amostras coletadas para esse tipo de análise são de secreções. Como havia lesões de pele, será sequenciado o conteúdo dessas lesões. São 72h, ao menos, para a análise. Os pacientes estão bem, isolados. Os contactantes dessas pessoas também estão sendo monitorados — diz Gorinchteyn.