Nova pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) com 95 hospitais privados mostra que a taxa de internações por Covid-19 voltou a crescer .
De acordo com o levantamento, 49% dos hospitais informaram ter leitos clínicos destinados à Covid-19 e que a ocupação desses leitos está entre 81% e 100%. Ao mesmo tempo, 41% dos hospitais que disseram não ter leitos separados para tratar a doença, têm ocupação entre 81% e 100%.
Além disso, a taxa de ocupação nas UTIs também aumentou. Segundo a pesquisa, 40% dos hospitais que informaram ter leitos dedicados ao atendimento de pacientes com Covid-19 têm ocupação de leitos entre 81% e 100%. Enquanto 40% dos hospitais que não têm leitos específicos dedicados à Covid têm ocupação entre 61% a 80%.
Conforme os dados, 42% dos hospitais afirmaram que o atendimento para casos de Covid-19 nos serviços de urgência/emergência aumentou entre 21% e 40% nos últimos 15 dias. Para 29%, esse aumento superou os 100%.
Esse aumento nas taxas também fez com que o tempo de espera para atendimento em casos de Covid aumentasse. Em 43% dos hospitais, o tempo médio nos serviços de urgência/emergência é de 1 hora, e em 40% deles, é de 2 a 3 horas.
Entre os hospitais ouvidos, 48% dos que dissera ter leitos dedicados ao atendimento de pacientes com Covid-19 não possuem leitos de UTI pediátrica. Nos 40% dos respondentes que têm esse tipo de leito, a taxa de ocupação é de 61 a 80%. Por outro lado, dos hospitais que não possuem leitos dedicados à Covid-19, 51% estão com ocupação de até 20% e 49% não têm UTI pediátrica.
Dos 95 hospitais privados que participaram da pesquisa, 31% estão localizados na Capital paulista e 69%, no interior e somam 8.907 leitos clínicos, 2.790 leitos de UTI adulto e 479 de UTI pediátrica. O levantamento foi realizado entre os dias 3 e 14 de junho.
Segundo o médico e presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, os dados da pesquisa indicam que os pacientes infectados pela doença estão retornando aos hospitais, tanto aos pronto socorros como também às internações clínicas e às UTIs.
"Apesar de as medidas de flexibilização, conclui-se que a pandemia não acabou e que torna-se imprescindível que a população tome o reforço da vacina e continue mantendo os protocolos de segurança como uso de máscara em ambientes fechados, lavagem das mãos e evitar aglomerações", afirmou o médico.
Perfil dos pacientes de Covid-19
Conforme a pesquisa, 88% dos hospitais afirmaram que a faixa etária mais frequente nos serviços de urgência está entre 19 e 29 anos e 42% entre 30 e 50 anos.
Nas internações clínicas, 39% dos hospitais estão com os leitos ocupados por pessoas entre 30 a 50 anos; em 51% dos hospitais, os leitos clínicos estão ocupados por pacientes entre 51 e 80 anos.
Já na UTI, em 41% dos hospitais, esses leitos estão ocupados majoritariamente por pessoas entre 30 e 50 anos; e 45% relatam ocupação predominante entre a faixa etária de 51 a 80 anos.
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