Subiu para 592 o número de casos de varíola dos macacos (ou monkeypox) confirmados no Brasil, mostram dados do Ministério da Saúde compilados até esta quarta-feira. O montante saltou 31,8% em relação ao dia anterior, que acumulava 449 infectados da doença. O total de casos suspeitos passou de 75 para 134 no mesmo período.
A maioria dos diagnósticos se concentra na Região Sudeste, com destaque para São Paulo: sozinho, estado reúne 429 pacientes, o equivalente a 72,4% do total. Em seguida, o Rio de janeiro soma 85 infecções e Minas Gerais, 32.
Só a Região Norte não registra casos de varíola dos macacos até o momento no Brasil. Outros seis estados — Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Sergipe — também não confirmaram infecções. A pasta já descartou 299 possíveis casos.
Entre os principais sintomas, a pasta alerta para o início súbito de febre, a adenomegalia — inchaço dos linfonodos do pescoço — e erupção cutânea aguda. Segundo a pasta, a disseminação se dá por meio do contato mais próximo com infectados, não sendo de rápida transmissão.
A orientação é isolar casos suspeitos e confirmados da doença, assim como monitorar as pessoas com quem os infectados tiveram contato. Profissionais de saúde precisam comunicar possíveis casos às secretarias de Saúde locais e estaduais, além do ministério, já que a doença é de notificação compulsória.
Na contramão de outros países, o Brasil ainda não garantiu vacinas para prevenir a monkeypox. Possíveis compras estão em negociação. O Instituto Butantan, por sua vez, avalia fabricar o imunizante.
Surtos da doença podem ser controlados por medicamentos. Porém, O GLOBO mostrou que o país também não tem à disposição medicamentos contra a doença — o último aval concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) perdeu a validade em 2010.
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