Embora tenha visto uma queda de popularidade, o cigarro continua a ser maléfico, causando alergias, câncer, AVCs etc.
shutterstock
Embora tenha visto uma queda de popularidade, o cigarro continua a ser maléfico, causando alergias, câncer, AVCs etc.

Mais de 100 mil pessoas procuraram alguma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) para parar de fumar em 2021. O número representa um aumento de 35% no atendimento nas unidades da Atenção Básica, centros de Atenção Psicossociais (Caps) e de Atenção Especializada, na comparação com 2020. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), nesta segunda, quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Segundo a Chefe de Controle de Tabagismo e Outros Fatores de Risco do Inca, Andrea Reis, o resultado do monitoramento se deve, principalmente, a pandemia da Covid-19 e seus reflexos, como a maior chance de contaminação pelos fumantes.

"Depois que todo esse vulto de contaminação foi se acalmando e os índices (de contaminação) foram baixando, a gente acredita que as pessoas se interessaram a voltar a buscar um melhor acompanhamento da sua situação de saúde, por novos tratamentos e, dentre eles, por parar de fumar", comenta a especialista.

De acordo com a análise, a busca por ajuda na luta contra o tabagismo foi grande em todo país. As regiões Sudeste e Sul foram as que apresentaram as maiores porcentagens de procura pelo serviço, 41% e 23% respectivamente. No recorte de gênero, as mulheres foram destaque, com 55%.

Apesar dos números otimistas, a procura acontece, em grande parte, por usuários mais antigos de tabaco, pessoas a partir dos 45 anos, em média. No entanto, dispositivos, como os cigarros eletrônicos, que ganharam popularidade nos últimos anos, são populares entre os jovens. Segundo Andrea Reis, é preciso ficar alerta aos riscos do produto.

"Vale aqui ressaltar que o cigarro eletrônico é um derivado do tabaco, um produto que possui nicotina e que por esse motivo é um produto que causa dependência. Ele é proibido no Brasil, mas as pessoas conseguem encontra-lo no mercado ilícito", alerta Reis.

A análise foi realizada com base nos resultados do monitoramento do tratamento disponibilizado à população fumante, pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). O programa, que é coordenado pelo INCA, contou também com informações das secretarias estaduais de saúde do país. O tratamento para tabagismo é oferecido nas unidades de saúde e é gratuito.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!