Testes clínicos realizados por cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, apontam que a citisiniclina, ou cistina, pode ser eficaz para pessoas que lutam contra o tabagismo
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De acordo com resultados de um ensaio clínico na Fase 3 pulicados em julho na revista científica JAMA , a cistina foi bem tolerada em adultos que desejam quebrar sua dependência da nicotina, se colocando como um possível aliado em futuros tratamentos.
A pesquisa contou com a participação de 810 adultos que fumam cigarros diaramente e têm a intenção de largar o vício. Eles foram divididos em três grupos com cerca de 270 pessoas.
O primeiro grupo recebeu 3mg de citisiniclina três vezes ao dia ao longo de 12 semanas. Já o segundo recebeu a mesma dose durante 6 semanas, enquanto nas outras 6 semanas o medicamento foi substituído por placebo. O terceiro grupo recebeu apenas doses de placebo durante 12 semanas.
Entre a 9ª e a 12ª semana, 32,6% das pessoas que receberam cistina por 12 semanas estavam com abstinência, enquanto a porcentagem entre aqueles que só tiveram contato com o placebo foi de 7%. Para o grupo de 6 semanas, a abstinência foi de 25,3% para cistina.
Quando observado o recorte entre as semanas 9 e 24, a abstinência no grupo que usou cistina ao longo de 12 semanas foi de 21,1%. Já aqueles que administraram doses do placebo tiveram 4,8% de abstinência. Para o grupo que foi submetido à citisiniclina em 6 semanas, a abstinência das semanas 3 a 24 foi de 8,9%, e de 2,6% para placebo.
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“A citisiniclina demonstrou resultados impressionantes como medicamento para parar de fumar em um rigoroso ensaio clínico que usou um novo regime de dosagem com base científica, bem como uma duração de tratamento mais longa do que a tradicional”, destaca Nancy Rigotti, diretora do Centro de Tratamento e Pesquisa de Tabaco do Hospital Geral de Massachusetts e principal autora do estudo, em comunicado .
“Este agente tem o potencial de ajudar um número incontável de pessoas a parar de fumar e, no processo, reduzir o enorme número de mortes prematuras e incapacidades devido ao tabagismo nos Estados Unidos e no mundo", complementou a especialista.
De acordo com Nancy, urge a necessidade de novos medicamentos que tratam o tabagismo, visto que, além de serem ineficientes, os atuais produtos em circulação apresentam efeitos colaterais nos pacientes.