
Os riscos do consumo de produtos ultraprocessados voltaram à pauta nesta semana, por conta de um alerta contundente feito pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), Carlos Augusto Monteiro, durante sua participação no programa Roda Viva, na TV Cultura.
Segundo ele, a indústria de alimentos ultraprocessados segue os mesmos passos da indústria do tabaco e deveria ser tratada com o mesmo rigor.
O fato é que pesquisas científicas têm mostrado que padrões alimentares com base em produtos ultraprocessados estão relacionados ao risco aumentado de muitas doenças.
Mas, pela praticidade, estão cada vez mais inseridos na alimentação das pessoas do mundo todo.
Muitos deles fazem parte, inclusive, da dieta das crianças, o que é um problema sério.
Em entrevista ao Portal iG, a nutricionista Julie Cardoso destacou as características desses alimentos que os tornam tão prejudiciais à saúde e que podem criar vício no paladar.
Ingredientes processados em laboratórios

Segundo ela, os ultraprocessados são produtos fabricados pela indústria a partir de substâncias extraídas de, por exemplo, óleos, gorduras, açúcar e amido. E também de ingredientes sintetizados em laboratório, como aromatizantes, emulsificantes, corantes e conservantes.
“Eles passam por diversos processos físicos e químicos que os tornam muito diferentes dos alimentos naturais ou minimamente processados. São feitos para serem saborosos, práticos e, principalmente, ter longa validade. Geralmente levam muito açúcar, o que pode criar vício no paladar”, afirma.
Neste processo todo, segundo a nutricionista, os ultraprocessados perdem grande parte das fibras, das vitaminas e minerais originais dos alimentos de onde eles foram derivados.
E, além do açúcar, também recebem grande quantidade de gorduras ruins e sódio.
Segundo ela, os alimentos ultraprocessados são produtos fabricados pela indústria a partir de substâncias extraídas de alimentos, como óleos, gorduras, açúcar e amido. E também de ingredientes sintetizados em laboratório, como aromatizantes, emulsificantes, corantes e conservantes.
“Eles passam por diversos processos físicos e químicos que os tornam muito diferentes dos alimentos naturais ou minimamente processados. São feitos para serem saborosos, práticos e, principalmente, ter longa validade. Geralmente levam muito açúcar, o que pode criar vício no paladar”, afirma ela.
Neste processo todo, segundo a nutricionista, eles perdem grande parte das fibras, das vitaminas e minerais originais dos alimentos de onde eles foram derivados.
E, além do açúcar, também recebem grande quantidade de gorduras ruins e sódio.
Risco de doenças
Julie explica que, quando consumidos com frequência, os alimentos ultraprocessados aumentam muito o risco de diversas doenças, como obesidade, sobrepeso, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares como infarto, AVC, além de síndrome metabólica e alguns tipos de câncer.
“Também podem causar doenças inflamatórias crônicas, depressão e ansiedade e problemas no fígado, como a esteatose hepática, que é a famosa gordura no fígado. Isso porque oferecem muitas calorias, açúcar, gordura, saturada, sódio e pouquíssimos nutrientes de qualidade”, aponta a nutricionista.
Os mais consumidos
Entre os alimentos ultraprocessados mais consumidos no mundo estão refrigerantes, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salsicha e embutidos em geral, como presunto, mortadela e salame; pães de forno industrializados, bolos prontos e misturas para bolos, sorvetes industrializados, salgadinhos de pacote, barrinhas de cereal, que são muito ricas em açúcar, e cereais matinais adoçados.
“Esses são os mais consumidos e que são totalmente ultraprocessados e que podem, em grande quantidade e presentes todos os dias na nossa dieta, trazer muito risco à saúde", conclui a nutricionista Julie Cardoso.