"Escrever é uma sequela do ato de ler", disse o médico e escritor Moacyr Scliar, em uma confissão sobre seus métodos de produção textual. Aqui estou para compartilhar minhas sequelas com vocês, leitores: venho apresentar uma parte do que aprendi ao longo de anos como trabalhador da saúde e leitor, o que faço com absoluto entusiasmo! Me responsabilizo pelo que escrevo, portanto pelo que vocês leem, com a mesma responsabilidade com que prescrevo um tratamento.
Esta coluna será publicada semanalmente às segundas-feiras aqui no portal iG. Escolhemos o primeiro dia útil da semana por representar o dia da mudança, de iniciar um novo comportamento. Aqui apresentarei evidências científicas, opiniões , citações e até previsões (me reservando o direito de não acertar!) sobre variados temas relacionados à saúde humana. Da relação médico-paciente às tecnologias mais avançadas do setor, de doenças infectocontagiosas à meditação: tudo cabe nesta coluna.
Falar de saúde neste momento é particularmente importante por diversos motivos. A pandemia nos coloca a refletir sobre as relações humanas e sobre seus impactos na saúde individual e coletiva. O Sistema Único de Saúde (SUS) vem mostrando sua enorme importância no enfrentamento à situação atual, já que os planos de saúde estão sendo reajustados a níveis cada ano menos convidativos para os clientes. Enfim: vivemos algumas crises simultâneas e observamos várias soluções inteligentes, algumas delas velhas conhecidas. Em todas essas soluções, o conhecimento em saúde através do acesso a informações de qualidade é uma etapa crucial para evoluirmos rumo a um cenário de maior qualidade de vida, sobretudo em um momento de incerteza como o que vivenciamos atualmente.
Ao longo dos últimos quinze meses pudemos perceber de uma forma dolorosa que a prevenção é o melhor caminho para a manutenção da saúde. As pessoas sentiram na pele que grupos de risco de fato estão associados a piores desfechos. O controle de doenças crônicas passou a ser questão de sobrevivência. A vacina recebeu o seu merecido lugar na saúde coletiva: o de protagonista. A telemedicina veio aproximar pacientes e profissionais de saúde, ao contrário do que muitos acreditavam antes da pandemia, facilitando e democratizando o acesso à saúde para toda a população.
É em momentos como estes, de transformações e incertezas, que temos as melhores oportunidades para escolhermos caminhos cada vez mais sólidos rumo ao bem-estar individual e coletivo. Convido-lhe à leitura, à crítica, ao aprendizado contínuo e à transformação de cada pessoa em um agente de melhoria da sua própria saúde. Até a próxima semana!