Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mostram que cerca de 13,3 milhões de brasileiros fizeram testes para o novo coronavírus (Sars-CoV-2)
desde o início da pandemia até o mês de julho de 2020. O número equivale a 6,3% da população do país e pelo menos 20,4% tiveram diagnóstico positivo para Covid-19.
A Pnad Covid-19 é uma pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As estatísticas sobre os testes foram adicionadas no levantamento deste mês junto a outros 5 temas.
O Distrito Federal liderou o ranking da pesquisa como o local com maior porcentual de testes (16,7%), com Amapá (11%) e Piauí (10,5%) em seguida. Do contrário, os estados de Pernambuco (4,1%), Minas Gerais (4,5%), Paraná (4,5%) e Rio Grande do Sul (4,5%) foram os que registraram menor porcentagem.
A maior parte dos testes realizados foram do tipo rápido com coleta de sangue através do dedo, 6,4 milhões, resultando em 15,9% dos diagnósticos positivos. Das 4,7 milhões de pessoas que testaram com o tipo SWAB, 25,5% continham o vírus. Os testes com coleta de sangue através da veia do braço somaram 4 milhões de pessoas, das quais 24,6% tiveram a Covid-19 confirmada.
Acesso aos testes
A pesquisa apontou que o acesso aos testes foi maior entre pessoas com mais instrução, enquanto que das que não chegaram a completar o ensino fundamental apenas 3,1% passou pelos testes. Já os brasileiros com superior completo ou pós-graduados representam 142% da porcentagem total.
Outro fator que influenciou o acesso aos testes foi a renda. O alcance entre os 20% mais pobres não chegou a 4% da população, enquanto que dos 10% mais ricos 14,2% foram testados.
Comorbidades
O estudo levantou ainda dados sobre comorbidades, presente em 22,4% da população testada. A hipertensão foi a mais frequente (12,8%), mas a asma ou bronquite ou enfisema (5,7%) também prevaleceram. As demais foram diabetes (5,3%); depressão (3,0%); doenças do coração (2,7%) e câncer (1,1%). O porcentual de pessoas com doença crônica que testou positivo para a covid-19 foi de 1,6%.