A primeira confirmação de Covid-19 no Brasil ocorreu no dia 26 de fevereiro, após um homem de 61 anos, residente da capital paulista, ter sido submetido a dois exames para verificar a presença do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em seu organismo.
Hoje, 26, seis meses após o primeiro caso, o país já registra mais de 3.674.176 casos e 116.666 mortes decorrentes da doença.
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A primeira brasileira vítima da Covid-19
Rosana Aparecida Urbano, 57 anos, foi a primeira a morrer pela doença no Brasil, em 12 de março, segundo o Ministério da Saúde. A informação foi revista pela pasta após resultados de exames laboratoriais e confirmada em julho, antes acreditavam que a data era 16 de março.
A vítima foi internada no Hospital Municipal Doutor Carmino Cariccio, na Zona Leste da cidade, mas faleceu no dia seguinte. Para a TV Globo, a filha de Rosana disse que também perdeu os avós e dois tios para a Covid-19.
Situação atual
Desde o início da pandemia no Brasil já foram confirmados 3.674.176 casos de Covid-19 e registradas 116.666 mortes pela doença , segundo os dados do consórcio dos veículos de imprensa desta terça-feira (25).
Já em São Paulo, dados da Secretaria de Saúde informam que o estado atingiu 28.505 óbitos e 765.670 casos confirmados da infecção . Só nas últimas 24h houveram 407 novas mortes e 9.190 casos positivos para o novo coronavírus.
Apesar da estabilização da curva epidemiológica, em São Paulo a média de mortes está acima de 200 há 90 dias, chegando a ficar acima de 250 por várias vezes no mesmo período.
Impactos da quarentena
Desde a confirmação da primeira morte muita coisa mudou no país. No dia 24 de março o governo decretou quarentena e obrigou o comércio a fechar, mantendo apenas serviços essenciais em funcionamento.
A queda no consumo levou mais de 50 mil bares e restaurantes a fecharem as portas em São Paulo, os que conseguiram se manter enfrentam dificuldades financeiras e sanitárias durante a retomada das atividades . Nesse setor, dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) informam que cerca de 300 mil pessoas ficaram desempregadas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1 milhão de brasileiros perderam o emprego durante a pandemia no Brasil . Dados do Observatório das Favelas revelam ainda que o desemprego impactou a vida de pelo menos 2.500 famílias que foram despejadas ou ameaçadas de despejo no estado de São Paulo .
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No estado de São Paulo o número de acidentes de trânsito diminuiu 30%, representando a maior queda já registrada desde 2015 nesse período. Entre março e junho de 2019 as ocorrências foram 51,3 mil, enquanto na mesma época este ano o número é de 35,6 mil.
No entanto, com o crescimento da demanda por serviços de entrega por aplicativo, o número de motoqueiros nas ruas aumentou e a quantidade de mortes cresceu 7% em relação ao ano passado .
O aumento repentino da demanda de atendimento em hospitais impactou nos estoques de recursos para seu funcionamento. O diretor técnico e científico da Fundação pró-sangue, Alfredo Medrone, relata que a diminuição da reserva da instituição nunca foi tão longa. Desde o início da pandemia, o número de doares de sangue caiu cerca de 50% no estado de São Paulo.
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Violência
De acordo com dados da Polícia Civil, entre abril e junho foram registrados um boletim de ocorrência de violência doméstica a cada 23 minutos, totalizando 5.559 registros durante o período.
Dados do estudo “Violência Doméstica durante a pandemia de Covid-19“, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram um crescimento dos casos de feminicídio no estado paulista . O aumento é de 41,4% entre os meses de março e abril de 2020, comparado com o mesmo período em 2019.