O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, classificou a reunião do governador João Doria (PSDB), agendada para ocorrer amanhã (21) em Brasília, é "uma visita totalmente informal".
Ao contrário do que o governador tem dito em entrevistas coletivas, realizadas três vezes na semana, de que o encontro com o ministro da Saúde Eduardo Pazuello pode ser definitivo para as tratativas da CoronaVac, Gorinchteyn minimizou a importância da reunião.
"É uma visita totalmente informal, de agradecimento pelo apoio que estamos recebendo das várias instituições, inclusive da própria Anvisa no apoio da vacina CoronaVac", disse hoje Gorinchteyn, em entrevista à CNN.
Doria afirmou por repetidas vezes nas últimas semanas que a reunião ajudaria na tomada de uma "decisão definitiva" sobre a distribuição da CoronaVac pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para outros estados além de São Paulo.
O governador espera que o governo federal inclua o imunizante, desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Em entrevista à CNN, Gorinchteyn reforçou que o encontro não fazia parte da agenda do ministro Pazuello, que voltou hoje a cancelar compromissos por conta de um mal-estar. Assim, fica cada vez mais improvável o encontro para discutir a distribuição da CoronaVac. "Não tínhamos agenda nenhuma com o ministro, eram outras agendas e aí no caso de, eventualmente, se ele tivesse alguma possibilidade de nos atender, isso eventualmente aconteceria.
O secretário acrescentou ainda que não será o caso. "Teremos outra agenda bastante tomada que não dará a possibilidade, inclusive até por afastamento inicial do ministro", comentou Jean.
Para Gorinchteyn, mesmo que os integrantes do governo do estado não se encontrem com o diretor da Anvisa, Antonio Barra Torres, o imunizante não corre risco de ter seu registro atrasado. "Por outro lado, temos que entender que as tratativas de um órgão técnico como a Anvisa são muito claros", disse o secretário.