Dimas Covas afirma que enviou um pedido formal de liberação excepcional da importação do produto no dia 23 de setembro
Foto: Governo de SP
Dimas Covas afirma que enviou um pedido formal de liberação excepcional da importação do produto no dia 23 de setembro

O diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, reclamou que a Anvisa está retardando a autorização para a importação da matéria-prima que possibilitará a fabricação da  CoronaVac no Brasil. A informação é da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.


De acordo com Covas, o plano original do Butantan é receber até outubro 6 milhões de doses do imunizante já prontas - e fabricar no Brasil, até dezembro, as outros 40 milhões de doses a partir da matéria-prima que chegaria da famacêutica chinesa Sinovac.

"Estou inconformado e ansioso. Uma liberação que ocorre em dois meses deixa de ser excepcional", disse o diretor-geral do Instituto Butantan.

Dimas Covas garantiu que enviou um pedido formal de liberação excepcional da importação do produto no dia 23 de setembro. Mas, hoje (22) recebeu a informação de que o assunto só será tratado no dia 11 de novembro, em uma reunião com a agência.

"A fábrica do Butantan já está pronta para produzir a vacina. Estamos esperando apenas a autorização para importar a matéria-prima e começar o processo", explicou Dimas.

A Anvisa ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Mandetta teme interferência de Bolsonaro na Anvisa

Ontem (21), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em entrevista ao iG, disse que  teme o próximo passo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para ele, é possível que o presidente possa frear uma possível aprovação e registro da vacina chinesa na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

"Eu acho que o que a gente tem que ficar atento agora, é que como esse estudo da vacina vai para a Anvisa, é se ele [Bolsonaro] não vai pressionar a Agência para não dar o registro oficial. Ele teria esse poder porque nomeou o presidente, um almirante ligado a ele", explicou Mandetta. 

Para o ex-ministro, é preciso analisar se a Anvisa vai fazer uma análise técnica ou política da CoronaVac. "A gente espera que a Anvisa seja a próxima instituição a ser pressionada por Bolsonaro, vamos acompanhar se a parte política fica de fora para que ela possa fazer seu trabalho com segurança", criticou.

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